terça-feira, 30 de outubro de 2012

COMO EVANGELIZAR UM NÃO CONVERTIDO

antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós (1Pedro 3.15)
Neste vídeo, Paul Washer e Scott Brown discutem como devemos explicar o Evangelho a uma pessoa não convertida. Por onde começar? Que doutrinas enfatizar? Como desafiá-lo a crer? Essas serão algumas questões esclarecidas no vídeo.

Transcrição

SCOTT BROWN: Então, vamos falar um pouco sobre a mensagem do Evangelho. Vamos falar sobre doutrina, sobre o efeito da doutrina ou da falta de sã doutrina ao compartilhar o Evangelho. Penso que uma das coisas que todos nós reconhecemos e é aterrorizante é quantas pessoas há na igreja, participam da mesa do Senhor, ouvem as pregações, são membros de igrejas locais, porém, não conseguem explicar o evangelho a você. E você tem de perguntar: elas abraçaram o evangelho verdadeiro ou não? Em minha experiência, as pessoas mais comumente esquecem-se do arrependimento e da ressurreição. Quando pergunto a um cristão professo: “Pode, por favor, me explicar o Evangelho?” Diga-me o que você diria a uma pessoa. Elas quase sempre deixam essas duas coisas de fora. Então, eu só quero conversar um pouco sobre a mensagem do Evangelho. Então, como você explicaria a mensagem do Evangelho a mim se eu não fosse convertido?
PAUL WASHER: Nessa era de ceticismo, eu começaria com a simples verdade de que: “ouça… Eu vou lhe dizer uma coisa que eu creio com todo meu coração ser verdadeira. Isso não a torna verdadeira. Mas apenas para nos nivelarmos, quero que saiba que tudo o que você basicamente pode me acusar como um cristão – pressuposição, como pressupor que há um Deus – você está fazendo a mesma coisa. Se nós percebermos que é isso que você está fazendo, justamente aquilo de que você me acusa… Agora me deixe apenas compartilhar com você a cosmovisão que vejo na Bíblia e se você quiser, compartilhe comigo sua cosmovisão, e vamos ver qual delas de fato funciona.” Isso me dá uma porta aberta – apologética pressuposicionalista – pra não sentar lá por duas horas discutindo se Deus existe ou não. Isso me dá a porta aberta para apenas pregar a verdade das Escrituras para a pessoa. Então, eu não entro em muita discussão. Eu não vou por esse caminho. Eu só digo: “Eu creio que homens são salvos através da proclamação do evangelho. e eu vou proclamar o evangelho a você.” Então, isso nos coloca no mesmo fundamento.
Agora, sempre comece com a doutrina de Deus, porque o evangelho não faz sentido e nem seria necessário se Deus não fosse justo. Se Deus fosse outra coisa que não justo, nós nem precisaríamos de um evangelho. Então, eu começo com: “Esse é Deus, e é por isso que isto é importante.” Basicamente lidando com sua reivindicação sobre a pessoa como Criador e Sustentador e mais tarde, seu Redentor. E, daí, eu digo: “Este Deus é dessa maneira.” E eu respondo suas objeções, como: “Por que Deus tem de ser santo, ou justo?” E eu digo: “Você realmente gostaria que Hitler fosse um deus onipotente?” E, então, entrar por aí explicando o problema. O grande problema é que Deus é bom, mas você não é. Deus é amor, você não é. Deus é justo, você não. Então, o que Deus faz com você e Sua criação? Ele pode simplesmente lhe perdoar? Porque se ele fizer isso, ele não é justo. E eu passo por todo esse problema que Paulo argumenta em Romanos 3. E não demora muito.
E, daí, eu explico à pessoa: “É isso o que Deus fez. Para satisfazer sua justiça, Seu Filho tornou-se homem. Levou sobre ele mesmo os seus pecados, morreu no seu lugar, ressuscitou dos mortos.” E, então, explico não apenas a importância da morte, mas a importância da ressurreição. A ressurreição não o fez o Filho de Deus, mas era a reivindicação divina de sua filiação, como diz em Romanos 1. E também era a prova de que sua morte satisfez de fato a justiça de Deus, como diz em Romanos 4:25. Você precisa perceber que este Jesus que foi crucificado em fraqueza e ressurreto em poder, é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e ele reina sobre este mundo. Frequentemente vou ao livro de Daniel e mostro a eles que na realidade todos os governos deste mundo são como menininhos sentados em tronos de papel. Há um Rei, ele voltará para reclamar aqueles que são dele.
E, então, explico: julgamento, justiça, morte, ressurreição da própria pessoa, e digo a ela que Deus ordena agora que todo homem se arrependa. Eu explico o que é o arrependimento. Mas eu sou muito cauteloso aqui, porque se você vasculhar a doutrina bíblica do arrependimento perfeitamente e diz: “Isso é arrependimento.” Você não vive nisso. Nem eu. Veja, você se arrepende esperando que seja sinceramente, mas o próprio arrependimento é sujeito à santificação. Eu estou me arrependendo mais agora…
BROWN: Continua acontecendo.
WASHER: E continua se aprofundando. Não é aquele arrependimento que acontece só uma vez, que conserta tudo… Então, eu digo o que é o arrependimento, e digo o que é a fé, e falo do mandamento para se arrepender e do mandamento de crer.
E, daí, eu pergunto a elas: “É isso que você fez?” Eu gosto de dizer: “Isso é uma realidade na sua vida?” Porque as pessoas dizem: “Eu não sei se tenho arrependimento.” “Então, vamos ver o que é arrependimento e você me diz se isso é uma realidade, uma realidade crescente em sua vida?” “Eu não sei se eu creio.” “Bom, isso aqui é fé. Isso é uma realidade?” E muitas pessoas dizem: “Acho melhor voltar depois de pensar sobre isso.” E, daí, talvez me contatem mais tarde e se convertem saudavelmente. Outras pessoas que ouvem o evangelho, logo no início dizem: “Sim, isso é real! Eu vejo!” Mas, deve-se trabalhar com cada alma de uma maneira diferente. E explicar! Ouvimos tantas frases que ninguém entende. E eis aqui o problema: muitos pregadores modernos dirão que não devemos usar as frases. Bem, nós devemos usar se estão na Bíblia. Mas precisamos explicá-las! Entende?
E eu nunca deixo alguém sem dizer isso, especialmente alguém que professou a fé em Cristo comigo… Vamos dizer que estou pregando em uma igreja do outro lado do continente… Eu nunca vou deixá-la a menos que lhes tenha dado as advertências do evangelho. O que quero dizer com isso é… Eu digo: “Ouça, a evidência de que você se converteu, de que você de fato se arrependeu e creu para a salvação, é que você vai continuar se arrependendo, e continuar crendo. Você vai continuar crescendo em santificação. Você pode esfriar, mas verá a disciplina de Deus. E você verá um progresso na santificação, e verá a mão da providência de Deus, a mão inescapável da providência de Deus ao longo do curso de sua vida. Mas se você chega a um ponto em sua vida onde nada disso importa, e você continua naquilo, saiba que você não aprendeu nada aqui hoje. Nada aconteceu com você.”


Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/09/paul-washer-explicando-o-evangelho-para-um-nao-convertido/#ixzz2AnoOktuk

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

MIDIA MANIPULADA NÃO DIVULGOU O SUICÍDIO DE 863 INDIOS

Nos matem e enterrem coletivamente”, escrevem índios Kaiowá Guarani. 863 índios se suicidaram... E quase ninguém viu
 
Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado "mensalão" e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia, grotescamente apelidado de "Kit Gay". Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes. A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia. (Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram: -Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia. Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam: - Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais. Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: "A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo". Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos. Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas. Italianos e um brasileiro fizeram um filme-denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados, Mato Grosso, índios... isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil. Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. Um silêncio cúmplice dessa tragédia. Via: http://www.youtube.com/user/jornaldagazeta FONTE libertar.in

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O SIGNIFICADO DO CALICE NA BIBLIA

O significado da palavra “Cálice”, que aparece em São João 18:11, tem sido um fator de muitos questionamentos por parte dos leitores do evangelho.

O que significa “Cálice”? Qual é a sua relação com a cruz? O “Cálice” é simplesmente um vaso para uso comum? Parece que o significado da palavra não tem sido definido com exatidão e nem havido uma real compreensão da sua relação com o evangelho.

Devido a isso, se faz necessário determinar o que a palavra “Cálice” significa. O objetivo desse estudo é identificar o significado da palavra, seu contexto e importância.

O estudo está dividido em duas partes: 1) Análise gramatical do texto, o que inclui o estudo das palavras “πίω” e “ποτήριον”, no Velho e Novo Testamento; 2) O contexto da passagem, ou seja, o contexto amplo, contexto imediato, contexto geral e contexto histórico. Após o estudo elaboram-se conclusões para encerrar o mesmo.

O significado da palavra “Cálice”, que aparece em São João 18:11, tem sido um fator de muitos questionamentos por parte dos leitores do evangelho.

O que significa “Cálice”? Qual é a sua relação com a cruz? O “Cálice” é simplesmente um vaso para uso comum? Parece que o significado da palavra não tem sido definido com exatidão e nem havido uma real compreensão da sua relação com o evangelho.

Devido a isso, se faz necessário determinar o que a palavra “Cálice” significa. O objetivo desse estudo é identificar o significado da palavra, seu contexto e importância.

O estudo está dividido em duas partes: 1) Análise gramatical do texto, o que inclui o estudo das palavras “πίω” e “ποτήριον”, no Velho e Novo Testamento; 2) O contexto da passagem, ou seja, o contexto amplo, contexto imediato, contexto geral e contexto histórico. Após o estudo elaboram-se conclusões para encerrar o mesmo.

ANÁLISE GRAMATICAL DO TEXTO

O Texto

“τò ποτήριον οc’ δέδωкέν μοι ό πατ̀ηρ ού μ̀η πίω αύτό;” O Texto de São João 18:11 está inserido no contexto imediato da prisão de Jesus no Gestsêmani (18:1-11), aqui chamado por João de Vale do Cedron.

No original diz: “είπεν ούν ό Ιησυs τώ Пέτρώ, Βάλε τ̀ην μάχαιραν είs tʼnν θήκη̣ν. τò
ποτηριον ό δέδωκέν μοι ó πατ̀ηρ ού μ̀η πίω αύτό.

A expressão “τò ποτήριον ó δέδωκέν μοτ ó πατ̀ηρ ὸυ μ̀η πίω αύτο“ vem de uma resposta de Jesus (Ìησύs) à Pedro (Пέτρω), quando este, tira sua espada e fere a orelha do servo do Sumo Sacerdote. Jesus, neste verso, repreende-o, dizendo: Mete a tua espada na bainha! (Βάλε τ̀ην μάχάιραν [Daga – Espada pequena] εís τ̀ην θήκην) e adiantando-se ante a turba que o quer prender, entregando-se, pergunta a Pedro: “Não beberei o Cálice que o Pai me deu?” (τò ποτήριον ờ δέδωκέν μοτ ό πατ̀ηρ ού μ̀η π́ıω ὰυτó). Portanto, nos deteremos em analisar o que Jesus queria dizer a Pedro nestas palavras.

Пίω

Pio – “2a pessoa do singular, aoristo 2, modo subjuntivo – verbo pino – beber” : “Uma forma prolongada de beber; embeber, literalmente ou figurativamente – como a terra absorve a água da chuva”.

Existem várias formas de beber nas escrituras. Champlin a enumera em nove maneiras:

a. A ingestão de qualquer líquido (I Cor. 10:31), o que, como todas as atividades humanas, pode redundar na Glória de Deus;

b. Como símbolo da expressão espiritual da fé de alguém em Deus (Isaías 32:6; S. Jo 6:54, 55; I Cor: 10:4);

c. Beber metaforicamente do sangue de Cristo – equivale alimentar-se espiritualmente e participar de seu ser, compartilhando de sua natureza (s. Jo 6:54). Naturalmente, há nisso uma certa alusão à Ceia do Senhor (que vide), mas o que está em pauta; é aquilo que é simbolizado pelo rito, e não o rito propriamente dito;

d. A aceitação simbólica da vontade do Pai, por parte o filho (S. Jo 18:11);

e. A participação da Ceia do Senhor (Mt 26:27; I Cor. 10:21; 11:25), que inclui as idéias de participação espiritual em suas virtudes e em sua natureza, como quem festeja em sua memória;

f. O recebimento da ira e do julgamento de Deus é como sorver uma bebida (Jo 21:20; Sl 75:8; Ap 14:10);

g. Participação simbólica em toda espécie de mal, por parte dos pecadores (Jó 15:16; Pv 4:17; 26:6);

h. Beber sangue simboliza provocar matança entre os inimigos (Ez 39:28); i. O processo mediante o qual a terra é regada pelas chuvas que caem do céu é retratado pela idéia de beber (Heb. 6:7) .

Assim como beber é um ato da parte do que bebe, Jesus escolheu deliberadamente beber do cálice que seu Pai lhe reservara. Demonstra simbolicamente uma aceitação da vontade de Deus.

Пοτήριον
Potérion – “Genitivo Singular – copo” W.E. Vine assim a define: “Diminutivo de Poter. Denota primariamente uma vasilha de beber. Taça, copo. No Novo Testamento é usado freqüentemente para o sofrimento de Cristo .

Vallandro, em seu dicionário apresenta um outro significado para esta palavra. Além de significar uma vasilha para beber, como disse Vine, também significa “cálice da comunhão, quinhão, sorte ou destino” .

James Gilbertson assim a define: Potérion. Derivado neutro da alternativa “πινω” (pino – beber). Uma vasilha de beber; por extensão, o conteúdo disso. Uma medida de copo (trago); figurativamente, uma porção ou fatia. Na Bíblia KJV - Copo .

Nestes termos, potérion, pode ser muito bem, a luz deste texto, ser entendido como o destino que Jesus deveria tragar, reservado pelo Pai, por amor aos pecadores. O conteúdo deste cálice era o seu próprio sangue, martírio e sofrimento.

Potérion no Velho Testamento

No Velho Testamento várias palavras hebraicas poderiam ser utilizadas para expressar potérion. A palavra mais comumente usada é kos (hebraico – copo), e o contexto imediato e geral de sua tradução ocorre por trinta e duas vezes e pode ser dividida em vários grupos:

Bênção:
- Gênesis 40:11 → O Copo do Rei Faraó, possuía um significado de perdão e restituição.
- Salmos 16; 5 → Cálice da Herança de Deus. Prosperidade.
- Salmos 23:5 → Jorrar das bênçãos de Deus.

Maldição:
- Salmos 16:05 → Cálice de Tempestade.
- Salmos 75:8 → Cálice da maldição de Deus sobre os ímpios.
- Isaías 51:22 → Cálice do Furor de Deus.
- Jeremias 25:28 → Cálice da Destruição.

Salvação:
- Salmos 116:13 → Cálice da Salvação.
- Jeremias 25:17 → Cálice da Mão do Senhor.

Corrupção:
- Jeremias 51:7 → Cálice da confusão de Babilônia.
- Ezequiel 23:31 → Cálice da Corrupção.

Simples Objeto:
- I Reis 7:26; II Crônicas 4:5.

Potérion no Novo Testamento:

Encontramos a palavra potérion (cálice) no Novo Testamento, trinta vezes, e podemos dividi-la em seis grupos com diferentes significados. Porém, em sua maioria, significa o sofrimento, a agonia do Nosso Senhor Jesus Cristo. Imprimindo assim, esta conotação no Novo Testamento, apesar de existir outros significados sem nenhuma relação, como Cálice dos Demônios, ou abominação, como veremos a seguir.

São eles:
a) Objeto. Simples vasilha de beber: - Mt 10:42; 23:25, 26; Mc 7:4,8,9:41; Lc 11:39.
b) Sofrimento. Agonia de Jesus Cristo: Mt 20:22,23; 26:39, 42; Mc 10:38,39; 14:36; Lc 22;42; S.Jo 18:11.
c) Pacto da Nova Aliança. Santa Ceia. O sangue de Cristo: Mt 26:27; Mc 14:23; Lc 22:17, 20; I Cor 10:16; 11:25,26,27,28.
d) Cálice dos Demônios. Idolatria: I Cor 10:21.
e) Ira de Deus. Juízo Divino: Apc 14:10; 16:19.
f) Abominação. Atos da Babilônia: 17:4, 18:6.

Tanto no antigo quanto no novo testamento o significado de potérion é rico de significados. Porém, no texto em análise, permanece o significado que sobrepuja no Novo Testamento. A agonia de Jesus Cristo, que encontra pano de fundo em Isaías 51:22; e do capítulo 53:4, quando o Messias Sofredor retira o “Cálice do furor de Deus” de nossas mãos e o toma sobre Si mesmo. Portanto, o que Jesus disse a Pedro, é que o cálice era a ira de Deus sobre os pecados dos homens, que deveria ele tomar sobre seus ombros (beber).

ANÁLISE DO CONTEXTO DA PASSAGEM

Apesar de todos os demais evangelhos narrarem este acontecimento, no evangelho de João as singularidades são marcantes. Por exemplo, João é o único evangelho que cita o nome de Pedro e Malco, no momento em que Pedro o agride quando o grupo avança para prender a Jesus. É no 4o evangelho também que encontra-se a frase de Jesus: “Não beberei Eu o cálice que o Pai Me deu?” (v.11).

Apesar de uma aparente divergência, o evangelho de João procura confirmar o que os Sinópticos relatam no Gestsêmani, que é a decisão de Jesus de beber o cálice em favor da humanidade. E deste ponto de vista consideraremos como o contexto amplo de 18:11, os versículos 1,2,4,6,7. E os demais consideraremos como o contexto imediato, sendo que o contexto geral estará relacionado com a palavra cálice.

Contexto Amplo

Até Jesus apresentar a Sua decisão de beber o cálice (v.11), alguns acontecimentos ocorreram que indicaram que tal decisão já estava tomada. Nos vv. 1 e 2 é dito que Jesus foi para um lugar que era conhecido de Judas. Um lugar onde seria facilmente encontrado. O autor do 4o evangelho procura ressaltar que Jesus estava ciente do que iria lhe acontecer. O v.4 frisa esta idéia quando diz: “Sabendo, pois Jesus todas as coisas que sobre Ele haviam de vir...”.

No entanto, muito mais do apenas saber, Jesus estava preparado para beber o cálice. Ele estava ciente do que significava aquele momento, onde a sorte de toda a humanidade estaria em jogo.
Quando Jesus adiantou-se (v.4), diante da turba que vinha com o objetivo de Lhe prender, não eram os homens que O estavam aprisionando, mas Ele que estava entregando-se por expiação aos nossos pecados e de todo o mundo. Aqui o testemunho de João Batista (1:33,34) é mais uma vez manifesto, embora o autor não o relate.

Como no início João teve a confirmação de que Jesus era o Filho de Deus, pela forma como o Pai O realçou, através da Sua glória e da descida do Espírito Santo em forma de pomba, aqui mais uma vez, tal manifestação é repetida.

Este é o nome pelo qual Jesus se deu a conhecer aos homens e que reflete todo o poder da divindade, o que o autor do 4o evangelho tem interesse em destacar através de todo relato. É o nome pelo qual o Senhor se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxo. 3:13,14); que não está limitado ao tempo e espaço (Apoc. 1:8). O Deus Santo e Tremendo que fez com que Moisés se curvasse em profundo respeito (Êxo. 34:6-8); diante do qual Daniel caiu sem forças quando em visão (Dan. 10:7-9). Esse mesmo Deus se apresentou aos soldados naquele momento, e eles recuaram e caíram por terra.

“Os homens podem desconhecer este nome, mas a ação do poder divino não fica oculta para eles. E o efeito das palavras de Jesus foi fulminante: caíram por terra”. Ao perguntar novamente à turba a quem procuram e a resposta que dão (v.7), duas coisas são ressaltadas:

1. O controle de Jesus da situação. A Sua decisão já estava tomada, beberia o cálice (Mat. 26:42). Ao permanecer ali enquanto se recompunham, Jesus provou que estava ali por vontade própria. O Seu sofrimento foi espontâneo. Jesus morreu porque escolheu morrer, não porque foi impedido de fugir ou de evitar a morte. Jesus sofreu porque estava empenhado na obra da redenção humana. Na pergunta estava refletida a confiança e certeza do que estava ocorrendo.

2. A dureza do coração humano. Ao responderem: “A Jesus Nazareno”, refletiram a dureza do seu coração e de certa forma do coração humano, tão enraizado no pecado e tão afastado de Deus. Jesus em Sua manifestação, neste sinal, Lhes deu uma oportunidade inigualável de se convencerem da Sua divindade, mas, não O aceitaram. Tiveram a mesma prova que João, dentre as muitas que o escritor relata terem ocorrido, de que estavam diante do Filho de Deus, mas, O rejeitaram. O testemunho inicial quanto à incredulidade da época, continuou fazendo ecoar a sua voz naquele instante, dizendo: “... as trevas não compreenderam a luz”, e “Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam”. (1:5 e 11). “Os Seus”, referem-se aos judeus. Jesus foi rejeitado pela Sua própria casa.

“A Jesus Nazareno” _ Jesus era conhecido assim pela multidão. Foi assim que o cego o chamou (Mar. 10:47). Assim O conheceu a multidão dos aflitos, desesperançados, o povo (Luc. 4:34; 24:19; Mc. 16:16; Atos 2:22). Mas os líderes do templo, os governantes, não O conheceram.

No entanto, isso não foi suficiente para impedir que Jesus levasse avante o Seu compromisso, a sua missão. No v.11, ao repreender a Pedro pelo ato da violência, Jesus confirma a Sua decisão: “Não beberei Eu o cálice que o Pai Me deu?”. Aqui, o evangelista chega ao clímax da Sua narrativa. Apesar de só no evangelho de João esta frase aparecer, ela deve ser lida em conformidade com o relato dos sinópticos, onde duas frases se tornam muito importantes para se compreender o que está sendo dito neste relato por Jesus. “Pai, se possível passe de Mim este cálice”, e “... se este cálice não pode passar de Mim sem que Eu beba, faça-se a Tua vontade”. (Mat. 26:39 e 42; Mar. 14:36; Luc. 22:42).

Novamente aqui é visto a situação do Gestsêmani. Isso mostra que apesar de não entrar em detalhes do que ocorreu ali, o autor do 4o evangelho demonstra estar muito familiarizado com o que aconteceu. Na verdade, todo o relato desta primeira parte do capítulo, (vv. 1-11), estão voltados para este momento, que é o momento crucial onde Jesus confirma a Sua decisão de morrer pela humanidade.

Ao repreender a Pedro, o Senhor Jesus estava afirmando que o que estava acontecendo não era por vontade humana. Tanto Ele como o Pai e o Espírito Santo estavam empenhados. Era a consumação de um plano, o plano da redenção que já estava proposto “desde a fundação do mundo”. Era necessário que isso acontecesse. Jesus precisava e estava disposto a tomar o cálice, suportando tudo o que Lhe haveria de vir, para pagar o preço do pecado (Rom. 6:23). Ele estava confiante e decidido. Sabia que dessa decisão dependia toda a humanidade. E tinha certeza que o destino determinado pelo Pai teria o melhor resultado possível, no que estava acontecendo, e principalmente na vida dos homens, que sem dúvida, seriam os maiores beneficiados. Até mesmo alguns dos que O estavam prendendo, conforme o caso do Centurião, relatado em Mateus, onde afirma que ele juntamente com os que estavam consigo guardando o local reconheceram que Jesus era o Filho de Deus (Mat. 27:54). E todos os homens das gerações futuras que reconhecessem e aceitassem a Ele como o Salvador.

Estas palavras de Jesus, no v. 11, portanto, ressaltava a submissão de Jesus à vontade de Deus, Pai. E de certa forma foi de grande importância para a Igreja primitiva, que procurava mostrar aos judeus e ao mundo em geral, que Jesus não morreu segundo a vontade dos homens, mas de Deus, em cumprimento a Sua missão.

Contexto Imediato

Nos vv. 8 e 9 vemos um aspecto muito peculiar do Messias que é a Sua característica protetora, como o Bom Pastor, que dá a vida pelas Suas ovelhas. E nesse contexto, literalmente, o Mestre coloca-se à frente dos Seus discípulos intercedendo pela sua segurança.

No entanto, muitos tem tido sérias dificuldades em entender este versículo, pois, acham que ao comparar o ato de Jesus rogar que deixem os discípulos irem embora com a oração relatada no capítulo 17, está havendo uma má colocação da passagem, pois, neste relato de João 18, Ele está preocupado com a segurança temporal dos Seus discípulos, ao passo que na oração do capítulo 17:12, onde refere-se ao texto citado, Jesus está fazendo referência à vida eterna.

Mas, isso não deve trazer dificuldades à compreensão do versículo. O Ver. Ryle, comentando sobre este verso diz: “... a vigilância do Senhor pelos Seus discípulos, atendendo ao fim, atende também aos meios. E um dos meios de impedir que naufragassem na fé, era preservá-los de tentações superiores à suas forças”.

O Dr. Mário Veloso, também faz uma observação muito interessante: Nos discursos de despedida, Cristo havia estabelecido que Seu imperativo era a proteção aos crentes. E isto não inclui apenas os aspectos espirituais de sua vida, mas também os fatos comuns da vida diária. E nesta frase, Jesus demonstra esta intenção de protegê-los. E ao fazer isso, Suas palavras... cumprem o que Ele disse em Jo. 17:12: ‘Dos que me deste, nenhum deles perdi’. Cumpre assim, Sua função de Bom Pastor.

Contexto Geral

O termo “cálice” é um termo muito usado na Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento. No hebraico a palavra usada é “kos”, que significa “copo”. E no Antigo Testamento é feito pelo menos 31 referências a essa palavra (Gên. 40:11,13,21; Sal. 116:13; Isa. 51:17, etc...). No grego a palavra usada é “potérion”, que significa “vaso de beber”, e é usada pelos menos 30 vezes no Novo Testamento (Mat. 10:42; I Co. 10:16,21; Apo. 14:10; etc...).

O termo cálice reserva em si vários significados na Bíblia, tais como:
a) Cálice ou Copo da Consolação – (Jer. 16:7). Um costume oriental que após o enterro de alguém, uma refeição funerária era oferecida e o cálice da consolação era passado entre os que estavam de luto, ou em período de lamentação.
b) Cálice da Ira do Senhor – (Isa. 51:17-23). Indicando a retribuição indignada do Senhor aos que frontalmente Lhe desobedecem.
c) Cálice da Salvação – (Sal. 116:13). Nos sacrifícios de Ações de Graça, freqüentemente eram usados como um símbolo da redenção efetuada por Deus.
d) Cálice da Bênção – (I Cor. 10:16). Ou Cálice do Senhor (I Cor. 10:21). Cálice de vinho sobre o qual era proferida uma bênção, consagrado para uso sacro.

O vocábulo “cálice” era muito usado no concerto rabínico e indicava um grande sofrimento, comparando o beber todo um cálice até o fim com o suportar o sofrimento até o fim. No próprio judaísmo, em suas literaturas, era comum ver a expressão cálice sendo usada referido-se ao sofrimento.

Ao Jesus dizer, portanto: “Não beberei Eu o Cálice que o Pai Me deu?”, o escritor traz aqui um símbolo da morte expiatória de Cristo, que foi definida e predita pela Sua agonia no Jardim do Gestsêmani. A agonia no jardim, juntamente com a cruz do calvário, formaram o grande cálice que Jesus teria que beber.

Contexto Histórico

Jesus saiu da cidade e cruzou o ribeiro de Cedron com seus discípulos (Jo 18:1). O vale estava entre a cidade de Jerusalém e o monte das Oliveiras e geralmente encontava-se seco, exceto, após chuvas abundantes. Acredita-se que o evangelista ao citar o ribeiro de Cedron “haja querido recordar que também Davi, quando fugia de seu filho Absalão, junto com seus amigos, teve que atravessar este ribeiro, (II Sm, 15:23)”.

Quanto ao lugar chamado Gestsêmani, sua localização ficava situada à leste de Jerusalém, sendo, ainda, um jardim particular.

Não parece que Jesus para ir ao monte das Oliveiras haja tomado o caminho que passava pela esplanada do Templo, senão que atravessava a chamada Cidade de Davi, ao sul da mesma esplanada, saindo da cidade perto da fonte de Gibon, atual fonte de Maria.

Segundo alguns críticos, a avaliação da prisão de Jesus, no Monte das Oliveiras, um pouco antes da Sua crucifixão e trazido para a cidade para ser julgado, é visto com muitas reservas. Este fato básico tem resistido a interpretação teológica em todos os Evangelhos. “A orientação Joanina é diferente dos sinóticos e encaixa no peculiar interesse teológico achado no quarto Evangelho”.

Se deixarmos a parte por um momento a questão teológica da cena, notamos que os dois maiores pontos de diferença do relato requer atenção, a saber, que João omite a cena da agonia no Gestsêmani e atribui um papel importante para as tropas romanas na prisão de Jesus.

Analisando a ausência da cena da agonia, percebemos um óbvio efeito da teologia Joanina, “omitindo-a porque Jesus já tinha sido descrito como glorificado”, mas notamos que após Jesus ter proclamado que Sua glorificação havia chegado, (v. 23), “Ele, Jesus, foi direto para uma turbulência de alma” Não existe nenhuma similaridade entre glória e angústia. Contudo, alguém pode teorizar que na fluência do pensamento joanino, a nota de angústia foi colocada como um prelúdio para a hora da glorificação.

A maioria dos críticos acredita que a cena da agonia, no Gestsêmani, estava ausente desde os relatos primitivos da paixão. Portanto sua ausência em João pode não ser o resultado de uma omissão editorial, mas pode partir do fato que nestes detalhes a tradição do pré-Evangelho joanino era similar às origens.

Em segundo lugar, a presença dos soldados romanos no jardim, tem sido um motivo de muita discussão, objeções, mas todas são refutáveis. O real problema se concentra na probabilidade do envolvimento de Pilatos com o Sinédrio. Tal cooperação poderia ter sido mutuamente benéfico, se Pilatos quisesse Jesus temporariamente fora do caminho, e se o Sinédrio quisesse a ajuda dos romanos, naturalmente causaria um tumulto na prisão de Jesus. Não existe clara evidência nos Sinóticos, de um envolvimento de Pilatos na prisão de Jesus.

Conzelman acha que “em At 3:14; 4:27; 13:28, temos evidências da participação de Pilatos na morte de Jesus” . Os críticos sugerem que João introduziu os soldados romanos na cena do jardim para propósitos teológicos, isto segundo Loisy, Bultaman e Barret. Para esses, a presença dos soldados romanos ao lado da polícia judaica, pode ser simbólica a todo “mundo” estando contra Jesus. Barret, por exemplo, lembra-nos da oposição entre Roma e a cristandade no livro do Apocalipse. Alguns sugerem que a participação das autoridades romanas na prisão de Jesus é significativa para preparar o caminho do dramático confronto entre Jesus e Pilatos, o qual domina o relato da paixão em João.

Porém, alguém pode admitir, contudo, que o Evangelho não chama atenção para o valor simbólico dos soldados romanos como representantes do mundo. De fato, a presença dos soldados não enfatiza a presença dos romanos. Somente por dedução podemos imaginar.
Por exemplo, a informação que Pilatos tinha alguma participação na prisão de Jesus é contrária à figura dele no julgamento, onde o mesmo é simpático com Cristo e pensa que o caso dos judeus contra Jesus não é convincente. Brown diz o seguinte:

Não é fácil escrever sobre a figura do envolvimento dos romanos na prisão de Jesus como invenção dos evangelistas; e Goguel, Cullman, Winter e outros podem estar certos que aqui João tem preservado um detalhe histórico suprida nos outros relatos evangélicos.

Segundo o autor Brown, nos dois maiores pontos onde João difere dos Evangelhos sinóticos na prisão de Jesus é a informação do evangelista e a sua maneira de abordar. Por exemplo, ele partilha com os sinóticos no caso da orelha cortada de Malco, porém, lhe é peculiar aos seus detalhes, e mesmo que achem que é sua invenção. Segundo algumas teorias, não são totalmente convincentes. Existem similaridades, “por exemplo, Mc 14:49 com Jo 18:20”.

João partilha com Marcos só o incidente do corte da orelha do servo; e exceto pelas palavras “golpe” e “orelha cortada” os dois relatos não estão de tudo fechados, ou seja, relacionados em tudo, embora saibamos por fontes fidedignas que João usou os sinóticos como complemento do seu relatório.

É importante notar, contudo como João difere dos três. A descrição do aprisionamento é diferente; ele inclui o detalhe das lanternas e tochas, mas omite o beijo de Judas, não menciona o monte das Oliveiras e descreve o local diferentemente. Diferenças como estão favorecem a teoria da independência joanina.

O Significado da Cena no Pensamento de João

Num recente artigo Ritcher argumentou que o relato Joanino é simplesmente uma elaboração teológica dos sinóticos. Porém todas estas teorias nos levam cada vez mais, apesar da complexidade dos relatos Joaninos, a resistir e acima de tudo a ter uma alta elaboração teológica.

Para os sinóticos o verso 2 do capítulo 18, implica que a traição de Judas consistiu em dizer às autoridades onde Jesus podia ser preso secretamente, na noite sem perigo de tumulto. Porém, João pode estar mais interessado no valor simbólico da presença de Judas. No capítulo 13:27 e 30 Judas aparece sendo já a ferramenta de satanás. Este era o mal da noite do qual tinha advertido nos capítulos 11:10 e 12:35, à noite no qual homens tropeçariam por não terem a luz. Talvez seja por isso o porquê de Judas e seus companheiros virem portando lanternas e tochas. Eles não aceitaram a Luz do mundo, e por isso precisavam da luz artificial. Este momento de escuridão pode ser contrastado com o final triunfante de Jesus no céu (Apoc. 22:5), onde os fiéis não precisarão de lâmpadas porque o Senhor Deus será a sua luz.

A direta confrontação de Jesus e as forças das trevas são narradas com instinto dramático. Jesus sabia que iria acontecer o encontro com os Seus oponentes, e disse “Ninguém tem tomado a minha vida, antes Eu a dou, Eu a coloco de acordo com o Meu próprio querer” . Jesus havia permitido a Judas sair na última Páscoa para traí-Lo (cap. 13:27), agora Ele permitia que Judas e suas forças O prendesse.

Para João a paixão não é um inevitável fato que surpreenda a Jesus. Ele é Mestre do Seu próprio destino, no caso, da Sua morte. As cenas Joaninas ilustram que Jesus tem poder sobre as forças das trevas. Isto reforça a impressão que Jesus não podia ter sido preso a menos que Ele o permitisse.

Desta vez Jesus não deixa Seus inimigos saírem impotentes. Na cena da agonia, nos sinóticos, está claro que Jesus não deseja resistir ao desejo de Seu Pai; em João, Jesus permite ser preso, permitindo que Seus seguidores não fossem ofendidos.

Jesus termina usando Seu poder, mas para proteger aqueles a quem ama, não a Si próprio.

CONCLUSÃO

O significado da palavra “Cálice” na Bíblia é amplo e apresenta muitas facetas. Entende-se que “Cálice” não é simplesmente um vaso para uso comum ou um objeto de enfeite ou de adorno. As palavras “Пιω” e “Пοτηιον” no Velho e Novo Testamento esclarecem juntamente com o contexto de São João 18:1-11, que “Cálice” aqui está ligado diretamente ao plano de redenção em favor da raça humana.

O sofrimento de Cristo está implícito, e o beber o “Cálice” para Jesus Cristo é fazer a vontade do Pai em dar a vida em resgate do pecador arrependido, o que também representa a ira de Deus sobre o pecado dos homens, que deveria tomar sobre os Seus ombros.

Com esta visão, o leitor do evangelho descobrirá a importância de Jesus ter tomado o “Cálice”. O mundo não está mais sujeito à condenação do pecado. Jesus se fez pecado por nós.

O SIGNIFICADO DO CALICE NA BIBLIA

O significado da palavra “Cálice”, que aparece em São João 18:11, tem sido um fator de muitos questionamentos por parte dos leitores do evangelho.

O que significa “Cálice”? Qual é a sua relação com a cruz? O “Cálice” é simplesmente um vaso para uso comum? Parece que o significado da palavra não tem sido definido com exatidão e nem havido uma real compreensão da sua relação com o evangelho.

Devido a isso, se faz necessário determinar o que a palavra “Cálice” significa. O objetivo desse estudo é identificar o significado da palavra, seu contexto e importância.

O estudo está dividido em duas partes: 1) Análise gramatical do texto, o que inclui o estudo das palavras “πίω” e “ποτήριον”, no Velho e Novo Testamento; 2) O contexto da passagem, ou seja, o contexto amplo, contexto imediato, contexto geral e contexto histórico. Após o estudo elaboram-se conclusões para encerrar o mesmo.

O significado da palavra “Cálice”, que aparece em São João 18:11, tem sido um fator de muitos questionamentos por parte dos leitores do evangelho.

O que significa “Cálice”? Qual é a sua relação com a cruz? O “Cálice” é simplesmente um vaso para uso comum? Parece que o significado da palavra não tem sido definido com exatidão e nem havido uma real compreensão da sua relação com o evangelho.

Devido a isso, se faz necessário determinar o que a palavra “Cálice” significa. O objetivo desse estudo é identificar o significado da palavra, seu contexto e importância.

O estudo está dividido em duas partes: 1) Análise gramatical do texto, o que inclui o estudo das palavras “πίω” e “ποτήριον”, no Velho e Novo Testamento; 2) O contexto da passagem, ou seja, o contexto amplo, contexto imediato, contexto geral e contexto histórico. Após o estudo elaboram-se conclusões para encerrar o mesmo.

ANÁLISE GRAMATICAL DO TEXTO

O Texto

“τò ποτήριον οc’ δέδωкέν μοι ό πατ̀ηρ ού μ̀η πίω αύτό;” O Texto de São João 18:11 está inserido no contexto imediato da prisão de Jesus no Gestsêmani (18:1-11), aqui chamado por João de Vale do Cedron.

No original diz: “είπεν ούν ό Ιησυs τώ Пέτρώ, Βάλε τ̀ην μάχαιραν είs tʼnν θήκη̣ν. τò
ποτηριον ό δέδωκέν μοι ó πατ̀ηρ ού μ̀η πίω αύτό.

A expressão “τò ποτήριον ó δέδωκέν μοτ ó πατ̀ηρ ὸυ μ̀η πίω αύτο“ vem de uma resposta de Jesus (Ìησύs) à Pedro (Пέτρω), quando este, tira sua espada e fere a orelha do servo do Sumo Sacerdote. Jesus, neste verso, repreende-o, dizendo: Mete a tua espada na bainha! (Βάλε τ̀ην μάχάιραν [Daga – Espada pequena] εís τ̀ην θήκην) e adiantando-se ante a turba que o quer prender, entregando-se, pergunta a Pedro: “Não beberei o Cálice que o Pai me deu?” (τò ποτήριον ờ δέδωκέν μοτ ό πατ̀ηρ ού μ̀η π́ıω ὰυτó). Portanto, nos deteremos em analisar o que Jesus queria dizer a Pedro nestas palavras.

Пίω

Pio – “2a pessoa do singular, aoristo 2, modo subjuntivo – verbo pino – beber” : “Uma forma prolongada de beber; embeber, literalmente ou figurativamente – como a terra absorve a água da chuva”.

Existem várias formas de beber nas escrituras. Champlin a enumera em nove maneiras:

a. A ingestão de qualquer líquido (I Cor. 10:31), o que, como todas as atividades humanas, pode redundar na Glória de Deus;

b. Como símbolo da expressão espiritual da fé de alguém em Deus (Isaías 32:6; S. Jo 6:54, 55; I Cor: 10:4);

c. Beber metaforicamente do sangue de Cristo – equivale alimentar-se espiritualmente e participar de seu ser, compartilhando de sua natureza (s. Jo 6:54). Naturalmente, há nisso uma certa alusão à Ceia do Senhor (que vide), mas o que está em pauta; é aquilo que é simbolizado pelo rito, e não o rito propriamente dito;

d. A aceitação simbólica da vontade do Pai, por parte o filho (S. Jo 18:11);

e. A participação da Ceia do Senhor (Mt 26:27; I Cor. 10:21; 11:25), que inclui as idéias de participação espiritual em suas virtudes e em sua natureza, como quem festeja em sua memória;

f. O recebimento da ira e do julgamento de Deus é como sorver uma bebida (Jo 21:20; Sl 75:8; Ap 14:10);

g. Participação simbólica em toda espécie de mal, por parte dos pecadores (Jó 15:16; Pv 4:17; 26:6);

h. Beber sangue simboliza provocar matança entre os inimigos (Ez 39:28); i. O processo mediante o qual a terra é regada pelas chuvas que caem do céu é retratado pela idéia de beber (Heb. 6:7) .

Assim como beber é um ato da parte do que bebe, Jesus escolheu deliberadamente beber do cálice que seu Pai lhe reservara. Demonstra simbolicamente uma aceitação da vontade de Deus.

Пοτήριον
Potérion – “Genitivo Singular – copo” W.E. Vine assim a define: “Diminutivo de Poter. Denota primariamente uma vasilha de beber. Taça, copo. No Novo Testamento é usado freqüentemente para o sofrimento de Cristo .

Vallandro, em seu dicionário apresenta um outro significado para esta palavra. Além de significar uma vasilha para beber, como disse Vine, também significa “cálice da comunhão, quinhão, sorte ou destino” .

James Gilbertson assim a define: Potérion. Derivado neutro da alternativa “πινω” (pino – beber). Uma vasilha de beber; por extensão, o conteúdo disso. Uma medida de copo (trago); figurativamente, uma porção ou fatia. Na Bíblia KJV - Copo .

Nestes termos, potérion, pode ser muito bem, a luz deste texto, ser entendido como o destino que Jesus deveria tragar, reservado pelo Pai, por amor aos pecadores. O conteúdo deste cálice era o seu próprio sangue, martírio e sofrimento.

Potérion no Velho Testamento

No Velho Testamento várias palavras hebraicas poderiam ser utilizadas para expressar potérion. A palavra mais comumente usada é kos (hebraico – copo), e o contexto imediato e geral de sua tradução ocorre por trinta e duas vezes e pode ser dividida em vários grupos:

Bênção:
- Gênesis 40:11 → O Copo do Rei Faraó, possuía um significado de perdão e restituição.
- Salmos 16; 5 → Cálice da Herança de Deus. Prosperidade.
- Salmos 23:5 → Jorrar das bênçãos de Deus.

Maldição:
- Salmos 16:05 → Cálice de Tempestade.
- Salmos 75:8 → Cálice da maldição de Deus sobre os ímpios.
- Isaías 51:22 → Cálice do Furor de Deus.
- Jeremias 25:28 → Cálice da Destruição.

Salvação:
- Salmos 116:13 → Cálice da Salvação.
- Jeremias 25:17 → Cálice da Mão do Senhor.

Corrupção:
- Jeremias 51:7 → Cálice da confusão de Babilônia.
- Ezequiel 23:31 → Cálice da Corrupção.

Simples Objeto:
- I Reis 7:26; II Crônicas 4:5.

Potérion no Novo Testamento:

Encontramos a palavra potérion (cálice) no Novo Testamento, trinta vezes, e podemos dividi-la em seis grupos com diferentes significados. Porém, em sua maioria, significa o sofrimento, a agonia do Nosso Senhor Jesus Cristo. Imprimindo assim, esta conotação no Novo Testamento, apesar de existir outros significados sem nenhuma relação, como Cálice dos Demônios, ou abominação, como veremos a seguir.

São eles:
a) Objeto. Simples vasilha de beber: - Mt 10:42; 23:25, 26; Mc 7:4,8,9:41; Lc 11:39.
b) Sofrimento. Agonia de Jesus Cristo: Mt 20:22,23; 26:39, 42; Mc 10:38,39; 14:36; Lc 22;42; S.Jo 18:11.
c) Pacto da Nova Aliança. Santa Ceia. O sangue de Cristo: Mt 26:27; Mc 14:23; Lc 22:17, 20; I Cor 10:16; 11:25,26,27,28.
d) Cálice dos Demônios. Idolatria: I Cor 10:21.
e) Ira de Deus. Juízo Divino: Apc 14:10; 16:19.
f) Abominação. Atos da Babilônia: 17:4, 18:6.

Tanto no antigo quanto no novo testamento o significado de potérion é rico de significados. Porém, no texto em análise, permanece o significado que sobrepuja no Novo Testamento. A agonia de Jesus Cristo, que encontra pano de fundo em Isaías 51:22; e do capítulo 53:4, quando o Messias Sofredor retira o “Cálice do furor de Deus” de nossas mãos e o toma sobre Si mesmo. Portanto, o que Jesus disse a Pedro, é que o cálice era a ira de Deus sobre os pecados dos homens, que deveria ele tomar sobre seus ombros (beber).

ANÁLISE DO CONTEXTO DA PASSAGEM

Apesar de todos os demais evangelhos narrarem este acontecimento, no evangelho de João as singularidades são marcantes. Por exemplo, João é o único evangelho que cita o nome de Pedro e Malco, no momento em que Pedro o agride quando o grupo avança para prender a Jesus. É no 4o evangelho também que encontra-se a frase de Jesus: “Não beberei Eu o cálice que o Pai Me deu?” (v.11).

Apesar de uma aparente divergência, o evangelho de João procura confirmar o que os Sinópticos relatam no Gestsêmani, que é a decisão de Jesus de beber o cálice em favor da humanidade. E deste ponto de vista consideraremos como o contexto amplo de 18:11, os versículos 1,2,4,6,7. E os demais consideraremos como o contexto imediato, sendo que o contexto geral estará relacionado com a palavra cálice.

Contexto Amplo

Até Jesus apresentar a Sua decisão de beber o cálice (v.11), alguns acontecimentos ocorreram que indicaram que tal decisão já estava tomada. Nos vv. 1 e 2 é dito que Jesus foi para um lugar que era conhecido de Judas. Um lugar onde seria facilmente encontrado. O autor do 4o evangelho procura ressaltar que Jesus estava ciente do que iria lhe acontecer. O v.4 frisa esta idéia quando diz: “Sabendo, pois Jesus todas as coisas que sobre Ele haviam de vir...”.

No entanto, muito mais do apenas saber, Jesus estava preparado para beber o cálice. Ele estava ciente do que significava aquele momento, onde a sorte de toda a humanidade estaria em jogo.
Quando Jesus adiantou-se (v.4), diante da turba que vinha com o objetivo de Lhe prender, não eram os homens que O estavam aprisionando, mas Ele que estava entregando-se por expiação aos nossos pecados e de todo o mundo. Aqui o testemunho de João Batista (1:33,34) é mais uma vez manifesto, embora o autor não o relate.

Como no início João teve a confirmação de que Jesus era o Filho de Deus, pela forma como o Pai O realçou, através da Sua glória e da descida do Espírito Santo em forma de pomba, aqui mais uma vez, tal manifestação é repetida.

Este é o nome pelo qual Jesus se deu a conhecer aos homens e que reflete todo o poder da divindade, o que o autor do 4o evangelho tem interesse em destacar através de todo relato. É o nome pelo qual o Senhor se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxo. 3:13,14); que não está limitado ao tempo e espaço (Apoc. 1:8). O Deus Santo e Tremendo que fez com que Moisés se curvasse em profundo respeito (Êxo. 34:6-8); diante do qual Daniel caiu sem forças quando em visão (Dan. 10:7-9). Esse mesmo Deus se apresentou aos soldados naquele momento, e eles recuaram e caíram por terra.

“Os homens podem desconhecer este nome, mas a ação do poder divino não fica oculta para eles. E o efeito das palavras de Jesus foi fulminante: caíram por terra”. Ao perguntar novamente à turba a quem procuram e a resposta que dão (v.7), duas coisas são ressaltadas:

1. O controle de Jesus da situação. A Sua decisão já estava tomada, beberia o cálice (Mat. 26:42). Ao permanecer ali enquanto se recompunham, Jesus provou que estava ali por vontade própria. O Seu sofrimento foi espontâneo. Jesus morreu porque escolheu morrer, não porque foi impedido de fugir ou de evitar a morte. Jesus sofreu porque estava empenhado na obra da redenção humana. Na pergunta estava refletida a confiança e certeza do que estava ocorrendo.

2. A dureza do coração humano. Ao responderem: “A Jesus Nazareno”, refletiram a dureza do seu coração e de certa forma do coração humano, tão enraizado no pecado e tão afastado de Deus. Jesus em Sua manifestação, neste sinal, Lhes deu uma oportunidade inigualável de se convencerem da Sua divindade, mas, não O aceitaram. Tiveram a mesma prova que João, dentre as muitas que o escritor relata terem ocorrido, de que estavam diante do Filho de Deus, mas, O rejeitaram. O testemunho inicial quanto à incredulidade da época, continuou fazendo ecoar a sua voz naquele instante, dizendo: “... as trevas não compreenderam a luz”, e “Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam”. (1:5 e 11). “Os Seus”, referem-se aos judeus. Jesus foi rejeitado pela Sua própria casa.

“A Jesus Nazareno” _ Jesus era conhecido assim pela multidão. Foi assim que o cego o chamou (Mar. 10:47). Assim O conheceu a multidão dos aflitos, desesperançados, o povo (Luc. 4:34; 24:19; Mc. 16:16; Atos 2:22). Mas os líderes do templo, os governantes, não O conheceram.

No entanto, isso não foi suficiente para impedir que Jesus levasse avante o Seu compromisso, a sua missão. No v.11, ao repreender a Pedro pelo ato da violência, Jesus confirma a Sua decisão: “Não beberei Eu o cálice que o Pai Me deu?”. Aqui, o evangelista chega ao clímax da Sua narrativa. Apesar de só no evangelho de João esta frase aparecer, ela deve ser lida em conformidade com o relato dos sinópticos, onde duas frases se tornam muito importantes para se compreender o que está sendo dito neste relato por Jesus. “Pai, se possível passe de Mim este cálice”, e “... se este cálice não pode passar de Mim sem que Eu beba, faça-se a Tua vontade”. (Mat. 26:39 e 42; Mar. 14:36; Luc. 22:42).

Novamente aqui é visto a situação do Gestsêmani. Isso mostra que apesar de não entrar em detalhes do que ocorreu ali, o autor do 4o evangelho demonstra estar muito familiarizado com o que aconteceu. Na verdade, todo o relato desta primeira parte do capítulo, (vv. 1-11), estão voltados para este momento, que é o momento crucial onde Jesus confirma a Sua decisão de morrer pela humanidade.

Ao repreender a Pedro, o Senhor Jesus estava afirmando que o que estava acontecendo não era por vontade humana. Tanto Ele como o Pai e o Espírito Santo estavam empenhados. Era a consumação de um plano, o plano da redenção que já estava proposto “desde a fundação do mundo”. Era necessário que isso acontecesse. Jesus precisava e estava disposto a tomar o cálice, suportando tudo o que Lhe haveria de vir, para pagar o preço do pecado (Rom. 6:23). Ele estava confiante e decidido. Sabia que dessa decisão dependia toda a humanidade. E tinha certeza que o destino determinado pelo Pai teria o melhor resultado possível, no que estava acontecendo, e principalmente na vida dos homens, que sem dúvida, seriam os maiores beneficiados. Até mesmo alguns dos que O estavam prendendo, conforme o caso do Centurião, relatado em Mateus, onde afirma que ele juntamente com os que estavam consigo guardando o local reconheceram que Jesus era o Filho de Deus (Mat. 27:54). E todos os homens das gerações futuras que reconhecessem e aceitassem a Ele como o Salvador.

Estas palavras de Jesus, no v. 11, portanto, ressaltava a submissão de Jesus à vontade de Deus, Pai. E de certa forma foi de grande importância para a Igreja primitiva, que procurava mostrar aos judeus e ao mundo em geral, que Jesus não morreu segundo a vontade dos homens, mas de Deus, em cumprimento a Sua missão.

Contexto Imediato

Nos vv. 8 e 9 vemos um aspecto muito peculiar do Messias que é a Sua característica protetora, como o Bom Pastor, que dá a vida pelas Suas ovelhas. E nesse contexto, literalmente, o Mestre coloca-se à frente dos Seus discípulos intercedendo pela sua segurança.

No entanto, muitos tem tido sérias dificuldades em entender este versículo, pois, acham que ao comparar o ato de Jesus rogar que deixem os discípulos irem embora com a oração relatada no capítulo 17, está havendo uma má colocação da passagem, pois, neste relato de João 18, Ele está preocupado com a segurança temporal dos Seus discípulos, ao passo que na oração do capítulo 17:12, onde refere-se ao texto citado, Jesus está fazendo referência à vida eterna.

Mas, isso não deve trazer dificuldades à compreensão do versículo. O Ver. Ryle, comentando sobre este verso diz: “... a vigilância do Senhor pelos Seus discípulos, atendendo ao fim, atende também aos meios. E um dos meios de impedir que naufragassem na fé, era preservá-los de tentações superiores à suas forças”.

O Dr. Mário Veloso, também faz uma observação muito interessante: Nos discursos de despedida, Cristo havia estabelecido que Seu imperativo era a proteção aos crentes. E isto não inclui apenas os aspectos espirituais de sua vida, mas também os fatos comuns da vida diária. E nesta frase, Jesus demonstra esta intenção de protegê-los. E ao fazer isso, Suas palavras... cumprem o que Ele disse em Jo. 17:12: ‘Dos que me deste, nenhum deles perdi’. Cumpre assim, Sua função de Bom Pastor.

Contexto Geral

O termo “cálice” é um termo muito usado na Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento. No hebraico a palavra usada é “kos”, que significa “copo”. E no Antigo Testamento é feito pelo menos 31 referências a essa palavra (Gên. 40:11,13,21; Sal. 116:13; Isa. 51:17, etc...). No grego a palavra usada é “potérion”, que significa “vaso de beber”, e é usada pelos menos 30 vezes no Novo Testamento (Mat. 10:42; I Co. 10:16,21; Apo. 14:10; etc...).

O termo cálice reserva em si vários significados na Bíblia, tais como:
a) Cálice ou Copo da Consolação – (Jer. 16:7). Um costume oriental que após o enterro de alguém, uma refeição funerária era oferecida e o cálice da consolação era passado entre os que estavam de luto, ou em período de lamentação.
b) Cálice da Ira do Senhor – (Isa. 51:17-23). Indicando a retribuição indignada do Senhor aos que frontalmente Lhe desobedecem.
c) Cálice da Salvação – (Sal. 116:13). Nos sacrifícios de Ações de Graça, freqüentemente eram usados como um símbolo da redenção efetuada por Deus.
d) Cálice da Bênção – (I Cor. 10:16). Ou Cálice do Senhor (I Cor. 10:21). Cálice de vinho sobre o qual era proferida uma bênção, consagrado para uso sacro.

O vocábulo “cálice” era muito usado no concerto rabínico e indicava um grande sofrimento, comparando o beber todo um cálice até o fim com o suportar o sofrimento até o fim. No próprio judaísmo, em suas literaturas, era comum ver a expressão cálice sendo usada referido-se ao sofrimento.

Ao Jesus dizer, portanto: “Não beberei Eu o Cálice que o Pai Me deu?”, o escritor traz aqui um símbolo da morte expiatória de Cristo, que foi definida e predita pela Sua agonia no Jardim do Gestsêmani. A agonia no jardim, juntamente com a cruz do calvário, formaram o grande cálice que Jesus teria que beber.

Contexto Histórico

Jesus saiu da cidade e cruzou o ribeiro de Cedron com seus discípulos (Jo 18:1). O vale estava entre a cidade de Jerusalém e o monte das Oliveiras e geralmente encontava-se seco, exceto, após chuvas abundantes. Acredita-se que o evangelista ao citar o ribeiro de Cedron “haja querido recordar que também Davi, quando fugia de seu filho Absalão, junto com seus amigos, teve que atravessar este ribeiro, (II Sm, 15:23)”.

Quanto ao lugar chamado Gestsêmani, sua localização ficava situada à leste de Jerusalém, sendo, ainda, um jardim particular.

Não parece que Jesus para ir ao monte das Oliveiras haja tomado o caminho que passava pela esplanada do Templo, senão que atravessava a chamada Cidade de Davi, ao sul da mesma esplanada, saindo da cidade perto da fonte de Gibon, atual fonte de Maria.

Segundo alguns críticos, a avaliação da prisão de Jesus, no Monte das Oliveiras, um pouco antes da Sua crucifixão e trazido para a cidade para ser julgado, é visto com muitas reservas. Este fato básico tem resistido a interpretação teológica em todos os Evangelhos. “A orientação Joanina é diferente dos sinóticos e encaixa no peculiar interesse teológico achado no quarto Evangelho”.

Se deixarmos a parte por um momento a questão teológica da cena, notamos que os dois maiores pontos de diferença do relato requer atenção, a saber, que João omite a cena da agonia no Gestsêmani e atribui um papel importante para as tropas romanas na prisão de Jesus.

Analisando a ausência da cena da agonia, percebemos um óbvio efeito da teologia Joanina, “omitindo-a porque Jesus já tinha sido descrito como glorificado”, mas notamos que após Jesus ter proclamado que Sua glorificação havia chegado, (v. 23), “Ele, Jesus, foi direto para uma turbulência de alma” Não existe nenhuma similaridade entre glória e angústia. Contudo, alguém pode teorizar que na fluência do pensamento joanino, a nota de angústia foi colocada como um prelúdio para a hora da glorificação.

A maioria dos críticos acredita que a cena da agonia, no Gestsêmani, estava ausente desde os relatos primitivos da paixão. Portanto sua ausência em João pode não ser o resultado de uma omissão editorial, mas pode partir do fato que nestes detalhes a tradição do pré-Evangelho joanino era similar às origens.

Em segundo lugar, a presença dos soldados romanos no jardim, tem sido um motivo de muita discussão, objeções, mas todas são refutáveis. O real problema se concentra na probabilidade do envolvimento de Pilatos com o Sinédrio. Tal cooperação poderia ter sido mutuamente benéfico, se Pilatos quisesse Jesus temporariamente fora do caminho, e se o Sinédrio quisesse a ajuda dos romanos, naturalmente causaria um tumulto na prisão de Jesus. Não existe clara evidência nos Sinóticos, de um envolvimento de Pilatos na prisão de Jesus.

Conzelman acha que “em At 3:14; 4:27; 13:28, temos evidências da participação de Pilatos na morte de Jesus” . Os críticos sugerem que João introduziu os soldados romanos na cena do jardim para propósitos teológicos, isto segundo Loisy, Bultaman e Barret. Para esses, a presença dos soldados romanos ao lado da polícia judaica, pode ser simbólica a todo “mundo” estando contra Jesus. Barret, por exemplo, lembra-nos da oposição entre Roma e a cristandade no livro do Apocalipse. Alguns sugerem que a participação das autoridades romanas na prisão de Jesus é significativa para preparar o caminho do dramático confronto entre Jesus e Pilatos, o qual domina o relato da paixão em João.

Porém, alguém pode admitir, contudo, que o Evangelho não chama atenção para o valor simbólico dos soldados romanos como representantes do mundo. De fato, a presença dos soldados não enfatiza a presença dos romanos. Somente por dedução podemos imaginar.
Por exemplo, a informação que Pilatos tinha alguma participação na prisão de Jesus é contrária à figura dele no julgamento, onde o mesmo é simpático com Cristo e pensa que o caso dos judeus contra Jesus não é convincente. Brown diz o seguinte:

Não é fácil escrever sobre a figura do envolvimento dos romanos na prisão de Jesus como invenção dos evangelistas; e Goguel, Cullman, Winter e outros podem estar certos que aqui João tem preservado um detalhe histórico suprida nos outros relatos evangélicos.

Segundo o autor Brown, nos dois maiores pontos onde João difere dos Evangelhos sinóticos na prisão de Jesus é a informação do evangelista e a sua maneira de abordar. Por exemplo, ele partilha com os sinóticos no caso da orelha cortada de Malco, porém, lhe é peculiar aos seus detalhes, e mesmo que achem que é sua invenção. Segundo algumas teorias, não são totalmente convincentes. Existem similaridades, “por exemplo, Mc 14:49 com Jo 18:20”.

João partilha com Marcos só o incidente do corte da orelha do servo; e exceto pelas palavras “golpe” e “orelha cortada” os dois relatos não estão de tudo fechados, ou seja, relacionados em tudo, embora saibamos por fontes fidedignas que João usou os sinóticos como complemento do seu relatório.

É importante notar, contudo como João difere dos três. A descrição do aprisionamento é diferente; ele inclui o detalhe das lanternas e tochas, mas omite o beijo de Judas, não menciona o monte das Oliveiras e descreve o local diferentemente. Diferenças como estão favorecem a teoria da independência joanina.

O Significado da Cena no Pensamento de João

Num recente artigo Ritcher argumentou que o relato Joanino é simplesmente uma elaboração teológica dos sinóticos. Porém todas estas teorias nos levam cada vez mais, apesar da complexidade dos relatos Joaninos, a resistir e acima de tudo a ter uma alta elaboração teológica.

Para os sinóticos o verso 2 do capítulo 18, implica que a traição de Judas consistiu em dizer às autoridades onde Jesus podia ser preso secretamente, na noite sem perigo de tumulto. Porém, João pode estar mais interessado no valor simbólico da presença de Judas. No capítulo 13:27 e 30 Judas aparece sendo já a ferramenta de satanás. Este era o mal da noite do qual tinha advertido nos capítulos 11:10 e 12:35, à noite no qual homens tropeçariam por não terem a luz. Talvez seja por isso o porquê de Judas e seus companheiros virem portando lanternas e tochas. Eles não aceitaram a Luz do mundo, e por isso precisavam da luz artificial. Este momento de escuridão pode ser contrastado com o final triunfante de Jesus no céu (Apoc. 22:5), onde os fiéis não precisarão de lâmpadas porque o Senhor Deus será a sua luz.

A direta confrontação de Jesus e as forças das trevas são narradas com instinto dramático. Jesus sabia que iria acontecer o encontro com os Seus oponentes, e disse “Ninguém tem tomado a minha vida, antes Eu a dou, Eu a coloco de acordo com o Meu próprio querer” . Jesus havia permitido a Judas sair na última Páscoa para traí-Lo (cap. 13:27), agora Ele permitia que Judas e suas forças O prendesse.

Para João a paixão não é um inevitável fato que surpreenda a Jesus. Ele é Mestre do Seu próprio destino, no caso, da Sua morte. As cenas Joaninas ilustram que Jesus tem poder sobre as forças das trevas. Isto reforça a impressão que Jesus não podia ter sido preso a menos que Ele o permitisse.

Desta vez Jesus não deixa Seus inimigos saírem impotentes. Na cena da agonia, nos sinóticos, está claro que Jesus não deseja resistir ao desejo de Seu Pai; em João, Jesus permite ser preso, permitindo que Seus seguidores não fossem ofendidos.

Jesus termina usando Seu poder, mas para proteger aqueles a quem ama, não a Si próprio.

CONCLUSÃO

O significado da palavra “Cálice” na Bíblia é amplo e apresenta muitas facetas. Entende-se que “Cálice” não é simplesmente um vaso para uso comum ou um objeto de enfeite ou de adorno. As palavras “Пιω” e “Пοτηιον” no Velho e Novo Testamento esclarecem juntamente com o contexto de São João 18:1-11, que “Cálice” aqui está ligado diretamente ao plano de redenção em favor da raça humana.

O sofrimento de Cristo está implícito, e o beber o “Cálice” para Jesus Cristo é fazer a vontade do Pai em dar a vida em resgate do pecador arrependido, o que também representa a ira de Deus sobre o pecado dos homens, que deveria tomar sobre os Seus ombros.

Com esta visão, o leitor do evangelho descobrirá a importância de Jesus ter tomado o “Cálice”. O mundo não está mais sujeito à condenação do pecado. Jesus se fez pecado por nós.

domingo, 21 de outubro de 2012

O QUE JESUS QUIS DIZER BEBER MEU SANGUE E COMER MINHA CARNE?

Isto é o meu corpo... Isto é a minha carne... isto é páscoa!


Sabe, eu tenho pensado nas palavras de Jesus quanto a famosa Santa Ceia. Hoje quando participamos desse ritual religioso (pois foi isso o que se tornou essa maravilhosa ordenança do Mestre), tendemos a ignorar o seu significado real e 'espiritual'.
Mas o que de fato significa “comer de Minha carne” e “ beber de Meu sangue”?
De forma ainda bem rasa e superficial, penso que comer de minha carne é uma decisão de se apropriar do Jesus que se despedaçou por nós. Um Jesus que foi ao extremo de sofrer antes mesmo da cruz, através de chicotes, de agressões, de humilhações em seu corpo e principalmente da compaixão pelos desamparados dessa era.
Quando uma pessoa participa da santa ceia, quando esta se achega a mesa do Senhor Jesus para participar do pão, ela precisa pensar e valorizar este sacrifício da nova aliança o novo testamento, nessa entrega, e louvar a Deus por que foi por nós que O Mestre sofreu se deu, chorou, morreu.
Comer da carne significa receber e aceitar que tudo o que Jesus sofreu por mim foi suficiente para me unir a ele. Quando como da carne (corpo) do mestre, estou declarando que sou parte disso, que recebo tal oferta, que me conformo com Cristo em suas dores, e agonias ainda nessa vida.
Por isso acho complicado que incentivemos ou proibamos pessoas de tomar decisões com repeito a Ceia ritualística em nossos encontros. O máximo que podemos dizer é o que disse o apóstolo Paulo, cada um se examine a si mesmo e coma deste pão.
Assim serve para o “beber de meu sangue”. Quando tomamos do cálice do Mestre, estamos fazendo um pacto, uma aliança com esta morte. Estamos declarando que não apenas aceitamos a sua morte por nós, e sim que essa morte é nossa também. Por isso está escrito: “aquele que morreu com Cristo, ressuscita com Ele”. Aceitamos Sua cruz, Seu opróbrio, Sua entrega total a Deus em prol da humanidade.
Comer, mastigar engolir, isso tudo é uma decisão consciente e revela ações interligadas. Ao colocar algo na boca podemos cuspir de imediato se não gostamos do sabor. E tenho certeza que você já fez isso com uma fruta estragada, ou com algo amargo ou apimentado. E quando tratamos da carne do mestre, talvez não tenhamos dificuldades em comer aquele mísero pedaço de pão oferecido em nossos encontros.
Mas quando provamos das dores de pessoas e logo ignoramos isso, ou evitamos o nosso próximo, dentre outras coisas, estamos evitando e negando todo o compromisso que fizemos com o mestre naquele ritualzinho mixuruca que superestimamos e santificamos ao invés de valorizar a vida, o amor ao próximo, o se entregar de corpo e alma pela causa.
Será que você acredita mesmo que basta comer aquele pedacinho de pão seja suficiente para se tornar um com o Mestre? Meu caro, você precisa entender que comer da carne, beber de seu sangue vai muito além disso, pois ter os seu corpo em pedaços não é tão confortável assim.
Comer da carne de Jesus tem haver com se identificar com a carne sofrida das crianças de rua violentadas. Comer da carne de Jesus tem haver com oferecer o seu rosto para que a mulher violentada seja preservada. Comer da carne de Jesus é se colocar entre as chibatadas da ganância dos políticos corruptos e as pessoas desamparadas que sofrem. Quem come da carne do Mestre não se desvia das cusparadas dadas pela mídia que despeja seu lixo violento, pornográfico e imoral em cima de crianças desamparadas por pais ocupados demais em sobreviver. Comer da carne e sofrer por causa da injustiça, da indiferença, do ódio.
Será que você acreditava que comer de sua Carne era apenas saborear aquele pãozinho servido na igreja? A carne não é tão saborosa assim. Lembre-se que os pães asmos eram amargos.
Este fim de semana, comemoramos a páscoa do nosso Salvador, e creio que a melhor maneira de celebrar isso, é se identificando com o Mestre em sua dor e angústia, é se levantar e agir, e comer com quem não tem comida, é vestir quem não tem roupa, é sofrer com os que sofrem, é sentir-se preso com os encarcerados, quer seja nos presídios e casas e custódias, ou os aprisionados pelos vícios, pelos engodos dessa vida, é chorar com os que choram. É deixar o corpo de Jesus ser revelado ah quem esta em pedaços pelo motivo que seja.
Beba do cálice do mestre sofredor com as lágrimas da mãe que perdeu seu ente querido, com a menina que chora a violência sofrida, com o sangue derramado inocentemente daquele menino que infelizmente estava no lugar errado na hora errada.
Chocolates, bombons, são bons, mas não suficiente, e nem real, existe uma páscoa que Jesus nos convoca a celebrar, e a comê-La ou bebê-la em memória dEle.
Coma de sua carne e deixe ser comido, absorvido pelas pessoas em suas necessidades e angústias. Manifeste o sangue de Jesus e não apenas clame contra a proteção do seu pecado ou dos demônios, mas vá a casa de alguém, ou ao seu encontro e pinte os umbrais dessa casa ou do coração desta pessoa com a sua entrega  e culto a Deus.
A Páscoa que o cristão celebra, a ceia que comemos, deveria ser mais parecida com o Mestre vivo e não com um ritual morto, destituído de vida e poder, sem sentido e egoísta.
voltemos ao primeiro amor.

Tiago 1:26
 Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.

Tiago 1:27
 A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.
 

 

O QUE É TRANSUBISTANCIAÇÃO?




Pergunta: "O que é transubstanciação?"

Resposta:
Transubstanciação é uma doutrina da Igreja Católica Romana. O Catecismo da Igreja Católica define esta doutrina na seção 1376:

“O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: ‘Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão Transubstanciação".

Em outras palavras, a Igreja Católica Romana ensina que uma vez que um padre ordenado abençoe a pão da Ceia do Senhor, este é transformado na real carne de Cristo (apesar de manter a aparência, odor e gosto de pão); e quando ele abençoa o vinho, este é transformado no real corpo de Cristo (apesar deste manter sua aparência, odor e gosto de vinho). Tal conceito é bíblico? Há algumas Escrituras que, se interpretadas literalmente levariam à “real presença” de Cristo no pão e vinho. Encontramos exemplos em João 6:32-58; Mateus 26:26; Lucas 22:17-23; e I Coríntios 11:24-25. A passagem mais citada é João 6:32-58 e principalmente os versos 53-57: “Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim.”

Os católicos romanos interpretam esta passagem literalmente, e aplicam a mensagem à Ceia do Senhor, que intitulam “Eucaristia” ou “Missa”. Os que rejeitam a idéia da transubstanciação interpretam as palavras de Jesus em João 6:53-57 figurativamente ou simbolicamente. Como poderemos saber que interpretação está correta? Demos graças porque Jesus tornou muito óbvio o que quis dizer. João 6:63 declara: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.” Jesus especificamente afirma que suas palavras são “espírito”. Jesus estava usando conceitos físicos, o comer e o beber, para ensinar verdades espirituais. Assim como consumir comida física e bebida sustenta nossos corpos físicos, assim são nossas vidas espirituais salvas e edificadas por recebê-Lo espiritualmente, pela graça por meio da fé. Comer a carne e beber o sangue de Jesus são símbolos de recebê-Lo totalmente e completamente em nossas vidas.

As Escrituras declaram que a Ceia do Senhor é um memorial ao corpo e sangue de Cristo (Lucas 22:19; I Coríntios 11:24-25), não o verdadeiro ato de consumir Seu corpo físico e sangue. Quando Jesus falava, em João capítulo 6, Ele ainda não tinha tido a Última Ceia com Seus discípulos, na qual Ele instituiu a Ceia do Senhor. Compreender João capítulo 6 como sendo a Ceia do Senhor / Comunhão Cristã, portanto, não se justifica. Para uma discussão mais completa deste assunto, leia por favor nosso artigo sobre Santa Eucaristia.

O motivo mais sério por que a transubstanciação deva ser rejeitada é porque é vista pela Igreja Católica Romana como um “novo sacrifício” de Jesus Cristo por nossos pecados, ou como um “novo oferecimento” ou “nova apresentação” de Seu sacrifício. Isto está diretamente em contradição com o que dizem as Escrituras, que Jesus morreu “uma vez por todas” e não necessita ser novamente sacrificado (Hebreus 10:10; I Pedro 3:18). Hebreus 7:27 declara: “Que não necessitasse (Jesus), como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele (Jesus), UMA VEZ, oferecendo-se a si mesmo.”

NEM SÓ DE TEMPLOS VIVE OS DISCÍPULOS

Tribunal de Justiça Corta as Asas da Igreja Batista da Lagoinha

 
Tribunal de Justiça manda a Câmara de Belo Horizonte paralisar projeto de lei que permite construção de um templo evangélico da Lagoinha em área pública e ainda prejudicando moradores locais humildes.
 
IMAGINEM COM A GRANA QUE VAI SER INVESTIDA NESTA CONSTRUÇÃO QUANTAS CRECHES DAVA PARA CONSTRUIR... MAS A VAIDADE FALA MAIS ALTO
A denúncia foi feita no Genizah em junho de 2012. LEIA AQUI e envolve sério abuso de poder por parte de político ligado a "igreja" dos Valadão.
A Câmara Municipal de Belo Horizonte terá de suspender a tramitação do Projeto de Lei 1802/2011, que prevê a venda de três ruas no Bairro São Cristóvão, na Região Nordeste da capital mineira, para dar lugar a um novo templo da Igreja Batista da Lagoinha, conforme determinação de decisão liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A proposta foi aprovada em segundo turno em agosto, com 23 votos favoráveis. Além da venda do espaço público, estão em jogo duas casas localizadas na Rua Ipê que ficariam ilhadas com a construção do templo.
Lagoinha II: Templo financiado com dinheiro público e ainda construído em via pública!
O presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), disse não ter recebido ainda a notificação da Justiça, por isso, a proposta foi enviada nesta semana ao Executivo para veto ou sanção, mas agora terá de voltar ao Legislativo. O projeto de lei que beneficia os evangélicos estabelece o parcelamento do pagamento, com correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e juros de 1% ao mês. A proposta de João Oscar também autoriza o município a receber como pagamento pelo terreno ocupado um imóvel de valor menor, desde que a diferença em relação ao preço da área vendida seja paga pelo comprador.

Vereador de Estimação

O pivô da gracinha é o vereador de Belo Horizonte (MG) João Oscar (PRP), vereador de estimação da (e eleito pela) Igreja Batista da Lagoinha e chapinha de Márcio Valadão. É de sua autoria o inusitado projeto subvertendo o conceito de bem público a fim de beneficiar a Igreja Batista da Lagoinha, que pretende ampliar seu templo, com um novo estacionamento a ser construído em uma RUA PÚBLICA onde, inclusive, residem pessoas em imóveis perfeitamente regularizados e que se aprovada a decisão terão destino incerto. Vizinhos INVISÍVEIS, por mais de 50 anos, da "ensimesmada" comunidade evangélica.
Ferindo o principio da moralidade, norteador da administração pública e o conceito mais básico do que venha ser um bem público, isto é: um bem público de uso comum do povo, os quais, são, por natureza jurídica, considerados bens indisponíveis, ou seja, não podem ser objetos de venda, permuta, doação, etc. o vereador pretende expropriar o que pertence ao povo para viabilizar a construção de um estacionamento de sua igreja e, por tabela, ainda irá desapropriar o lar de diversas famílias humildes.
Encravada em meio a uma enorme comunidade carente há 50 anos, a Lagoinha testifica que uma igreja de 50.000 membros, antes de promover a mudança radical em seu entorno, sendo sal e luz e levar à frente a missão integral da igreja, sequer consegue enxergar a miséria que lhe cerca e a seus vizinhos mais próximos. Este não é "evangelho" capaz de causar mudança radical na sociedade. Não muda nem um quarteirão. Na Lagoinha, Jesus anda de BMW e está se lixando pra os seus vizinhos miseráveis.

sábado, 20 de outubro de 2012

O PECADO QUE COMEÇOU NO CÉU FOI:REBELDIA E DESOBEDIENCIA



05 QUALIDADES DOS REBELDES

Salmos 52.1-5 -
1 Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? pois a bondade de Deus subsiste em todo o tempo.
2 A tua língua maquina planos de destruição, como uma navalha afiada, ó tu que usas de dolo.
3 Tu amas antes o mal do que o bem, e o mentir do que o falar a verdade.
4 Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta.
5 Também Deus te esmagará para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes.
Introdução:

Algumas diferenças entre Rebeldia e Desobediência

1. A desobediência, às vezes, pode ser praticada na “melhor das intenções”, ou até mesmo acreditando não ter problema; A rebeldia é praticada com uma intenção ruim, que geralmente é provocar seu superior;
2. O desobediente geralmente é influenciado; O rebelde influencia;

3. O desobediente pode não saber as consequências do que ele está fazendo; O rebelde sabe as consequências, mas faz assim mesmo;

4. O desobediente geralmente peca escondido, para não ser repreendido; O rebelde peca em público, porque quer provocar seu superior;

5. Nem todo desobediente é um rebelde ainda, mas pode se tornar um se não mudar; Todo rebelde é um desobediente piorado, pois tem consciência dos seus atos e não quer mudança.

1. O rebelde maquina planos de destruição (v. 2)


O rebelde é uma ameaça para uma equipe. Nada de bom sai do seu coração e de sua mente. Jesus disse que o bom homem tira do seu bom tesouro coisas boas, mas o mau tira do seu mau tesouro coisas más (Mateus 12.35, Lucas 6.45). Logo, do seu mau coração virá planos maus.

Planos maus do rebelde:
• Criticar o líder para os outros da equipe que não são tão próximos ao líder;
• Influenciar estes a acreditar que ele seria melhor líder;
• Influenciar estes a pensar, falar e agir como ele;
• Sabotar todos os planos do líder e desonrá-lo publicamente;
• Dividir a equipe, jogando os seus influenciados contra o líder e os leais ao líder.

Exemplos:
• Corá, Datã e Abirão x Moisés (Números 16)
• Absalão x Davi (2 Samuel 15-18)
• Lúcifer x Deus (Isaías 14.12-21; Ezequiel 28.1-19)
• 120 sápatras x Daniel (Daniel 6)
• Diótrefes x João (3 João 9-10)

2. O rebelde se gloria do que faz (v. 1)

(Veja 2 Samuel 15 – Absalão x Davi)

O rebelde se gloria do que faz. Ele não faz nada disso escondido, pois quer que todos vejam as suas obras e o aprovem (2 Samuel 15.2)

O rebelde acha que tomar o lugar do líder é um favor para a equipe, porque sempre acha que faria melhor do que o seu líder (2 Samuel 15.3-6)

Ele ama ser aprovado no que faz, pois assim se fortalecerá em influência (2 Samuel 15.6)

Ele ama influenciar os outros, pois quanto mais seguidores para sua causa, melhor (2 Samuel 15.11)

Ele ama ter seguidores, pois estará mais forte e em maior número contra seu líder (2 Samuel 15.12)

Textos do ponto 2 -
2 E levantando-se Absalão cedo, parava ao lado do caminho da porta; e quando algum homem tinha uma demanda para, vir ao rei a juízo, Absalão o chamava a si e lhe dizia: De que cidade és tu? E, dizendo ele: De tal tribo de Israel é teu servo;
3 Absalão lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não há da parte do rei quem te ouça.
4 Dizia mais Absalão: Ah, quem me dera ser constituído juiz na terra! para que viesse ter comigo todo homem que tivesse demanda ou questão, e eu lhe faria justiça.
5 Sucedia também que, quando alguém se chegava a ele para lhe fazer reverência, ele estendia a mão e, pegando nele o beijava.
6 Assim fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; desse modo Absalão furtava o coração dos homens de Israel.
11 E de Jerusalém foram com Absalão duzentos homens que tinham sido convidados; mas iam na sua simplicidade, pois nada sabiam daquele desígnio.
12 Também Absalão, enquanto oferecia os seus sacrifícios, mandou vir da cidade de Siló, Aitofel, o gilonita, conselheiro de Davi. E a conspiração tornava-se poderosa, crescendo cada vez mais o número do povo que estava com Absalão.
(2 Samuel 15.2-6, 11-12)

3. O rebelde ama o mal, e não quer mudar (v. 3)


O rebelde faz isso porque quer liderar sem ser liderado; quer mandar, sem ser mandado; quer mudar tudo em sua equipe, mas não quer mudar seu modo de agir.

Não existe ninguém que tenha mérito para ser líder sem ser liderado antes. Até Jesus foi submisso em tudo para ser exemplo nosso.

Ele pensa em si mesmo, em mais ninguém. O líder que não satisfaz seus desejos é alvo de rebelião (Salmos 78.17-18). Ele é ingrato, querendo sempre mais, não se lembra do que já foi feito por ele (Salmos 78.40-42). Tem o espírito da sanguessuga, sempre pedindo mais para si, e nunca fazendo nada pelos outros (Provérbios 30.15).

O rebelde é aquele que cobra mudança do seu líder, sem aceitar mudar. Ele quer que a equipe e o líder se adaptem aos desejos dele, ao invés dele se adaptar à visão da equipe. Quando o seu desejo não ocorre, começa a rebelião. Se os seus planos malignos se frustram, ele migra de equipe, mas não muda de atitude, nunca.

Textos do ponto 3 -
"Todavia ainda prosseguiram em pecar contra ele, rebelando-se contra o Altíssimo no deserto. E tentaram a Deus nos seus corações, pedindo comida segundo o seu apetite." (Salmos 78.17-18)

"Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto, e o ofenderam no ermo! Voltaram atrás, e tentaram a Deus; e provocaram o Santo de Israel. Não se lembraram do seu poder, nem do dia em que os remiu do adversário"
(Salmos 78.40-42)

"A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá." (Provérbios 30.15a)

4. O rebelde ama todas as palavras devoradoras (v. 4)


Palavras não são vegetarianas, são carnívoras. Elas, quando ditas por uma boca maligna, devoram o coração do alvo. O rebelde ama todos os tipos de palavras devoradoras, as quais ele direciona ao seu líder e aos que são leais ao líder, aos quais ele jamais conseguirá influenciar. Todo aquele que não se deixa ser influenciado pelo rebelde será alvo de palavras devoradoras. O líder que não tiver equipado com a couraça da justiça terá seu coração devorado pelas palavras do rebelde.

E quais são os tipos de palavras devoradoras?

• Escarnecimento
Escarnecimento é zombaria. Nenhum líder suporta um escarnecedor, e, aliás, só eles mesmos se suportam.
"Se fores sábio, para ti mesmo o serás; e, se fores escarnecedor, tu só o suportarás." (Provérbios 9.12)

• Injúria
Injúria são ofensas, insultos. Todo rebelde insulta a pessoa do líder, suas ações, seus projetos, sua visão e/ou suas metas (Salmos 78.40).
"Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa." (Mateus 5.11)

• Murmuração
A murmuração é uma reclamação que põe em xeque a capacidade do líder em fazer algo. Geralmente a murmuração é uma pergunta, com o objetivo de pôr dúvida no coração de quem ouve. Toda murmuração é uma provocação, e geralmente o murmurador faz a sua reclamação diretamente no líder (Êxodo 16.2).
"E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?" (Êxodo 15.24)

• Crítica
Toda crítica geralmente vem acompanhada de um tom de desprezo. A crítica nada mais é do que uma reclamação acompanhada de desprezo e inveja. O rebelde sempre encontrará algo no líder ou nos leais algo que ele despreze, pois nem faz e nem consegue fazer, e com certeza ele conversará sobre isso com outros.
"E vendo-lhes a fé, disse ele: Homem, são-te perdoados os teus pecados. Então os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que profere blasfêmias? Quem é este que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus?" (Lucas 5.20-21)

• Falso Testemunho
O rebelde, quando vê que não tem nada do que acusar o líder, forja mentiras contra ele. As mais comuns são aumentar ou alterar coisas que porventura ele tenha dito; conversar sobre coisas que o ele possa ter feito ou falado, mas sempre usando frases de dupla interpretação; ou mentir escancaradamente, criando coisas que realmente nunca ocorreram e passar a afirmar isso para todos.
"A testemunha verdadeira livra as almas; mas o que fala mentiras é traidor." (Provérbios 14.25)

"Ora, os principais sacerdotes e todo o sinédrio buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem entregá-lo à morte" (Mateus 26.59)

5. O julgamento do rebelde é habitar no deserto (v. 5)

"Deus faz que o solitário viva em família; liberta os presos e os faz prosperar; mas os rebeldes habitam em terra árida." (Salmos 68.6)

A rebeldia é um grande problema com o qual o líder deve lidar. O rebelde geralmente não quer mudança. Um solitário pode mudar seu modo de se relacionar e viver em família, um preso pode ser liberto e deixar de viver fraudulentamente, prosperando com justiça. E o rebelde, só ele mesmo pode decidir se quer mudar ou viver no deserto.

Em Salmos 52.5 Deus diz que arrancará pessoas assim de suas habitações. Todo rebelde na Bíblia teve a morte como destino. Os que se levantaram contra Moisés, morreram no deserto. Absalão perdeu a guerra contra Davi. Lúcifer foi expulso do Céu e condenado à morte eterna. Judas Iscariotes se matou.

Como lidar com um rebelde na equipe?


A Bíblia diz que a melhor saída para lidar com pessoas assim é expulsão:
"Lança fora ao escarnecedor, e a contenda se irá; cessarão a rixa e a injúria." (Provérbios 22.10)

"Ao homem faccioso, depois da primeira e segunda admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e vive pecando, e já por si mesmo está condenado." (Tito 3.10-11)

Isso porque um rebelde contamina outros. Se um rebelde não for removido da equipe, o líder o será. O rebelde odeia o líder, odeia a repreensão, não aceita ser subordinado, ama desonrar o líder (Provérbios 9.7, 8; 15.12).
"O que repreende ao escarnecedor, traz afronta sobre si; e o que censura ao ímpio, recebe a sua mancha. Não repreendas ao escarnecedor, para que não te odeie; repreende ao sábio, e amar-te-á." (Provérbios 9.7-8)

"O escarnecedor não gosta daquele que o repreende; não irá ter com os sábios." (Provérbios 15.12)

Longe de pessoas assim, o líder se vê longe de problemas de contenda, rixa e injúria. Perto de pessoas assim, o líder se vê com um grande problema. Paulo adverte a repreender apenas duas vezes. Se não houve mudança, deixa-o no deserto. Está pecando conscientemente, e quer viver assim.

Não adianta levar pra Canaã quem quer ficar no Egito. Só aumenta seu deserto. Canaã é lugar de gente que quer sair do Egito e que quer que o Egito saia dele. Moisés tirou o povo do Egito, mas o povo não deixou Moisés tirar o Egito deles, apenas Josué e Calebe deixaram, e foram exatamente os que não se rebelaram nenhuma vez.

Ninguém entra em Canaã sem o líder. Rebelde que tenta entrar em Canaã sem o líder é prostrado no deserto. Só entra em Canaã acompanhado de um líder.

Rebelde deve ser deixado no deserto. Não podemos ter dó de rebelde. No lugar de todo Saul Deus coloca um Davi íntegro, e no lugar de todo Judas Iscariotes Deus coloca um Matias fiel (1 Samuel 16.1; Atos 1.21-26). Creia nisto e viva em paz, sem escarnecimento, contenda, rixa e injúria sobre você.
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"Todo aquele que ler estas postagens, se tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho do conhecimento e da caridade em direção àquele de quem está dito:Eu sou o Alfa e o Ômega."

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A VEJA É MANIPULADA

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O SÁBIO PENSA NO DIA DA MORTE ECLESIASTES 7:4

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