O evangelho do entretenimento não se restringe a música profana e shows – estes são apenas reflexo da falta de compromisso com a sã doutrina. Também não existe nenhuma restrição ou orientação pastoral aos seguidores desse evangelho quanto à linguagem, ao traje e ao comportamento. É proibido proibir. Chamam as proibições constantes da Bíblia de legalismo fanatismo, etc.
Há alguns anos, uma influente líder evangélica, em uma entrevista a um jornal de São Paulo, disse o que pensava sobre os jovens manterem relações sexuais antes do casamento: “Casei virgem e sou feliz. Biblicamente, é o que Deus ensina. Não vou dizer que sou contra, mas é meu conselho”. Não é difícil perceber que essa declaração foi dúbia e infeliz – sugere, de modo sutil, contrariando as Escrituras, que um casal pode relacionar-se sexualmente antes do casamento (I Coríntios 7:8,9; 6:18-20).
Essa conhecida líder cristã explicou ao jornal o motivo de ter resolvido fundar uma nova igreja: “Entrou um pastor muito doido...”, referindo-se ao dirigente da igreja que freqüentava; “...a gente saiu para curtir esse Deus do nosso jeito”. Observe como ela definiu com precisão o que é o evangelho do entretenimento; trata-se de um sistema de crença que se amolda aos desejos humanos: “curtir Deus do nosso jeito”.
Em Gálatas 5:1, está escrito: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão”. Os crentes que seguem o evangelho do entretenimento invertem a tônica dessa passagem, interpretando-a como uma autorização para agirem livremente. Em vez de autorizar a adoção de costumes mundanos, que outrora praticávamos, a Palavra de Deus enfatiza que não podemos voltar a eles. Somos livres, não para pecar, mas para servir a Deus.
O crente pode agir com liberdade, porém não deve se esquecer de que o seu limite está na Bíblia (I Coríntios 6:12; 10:23; I Tessalonicenses 5:22; Tito 2:8; I Timóteo 2:9,10). Por isso, Paulo, inspirado por Deus, disse: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade” (Gálatas 5:13).
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