Vendilhões do templo X Arautos da boa nova de Jesus. A teologia da oferta e da chantagem por cartão de crédito...
I Timóteo 6:4 essa pessoa está cheia de orgulho e não sabe nada. Discutir e brigar a respeito de palavras é como uma doença nessas pessoas. E daí vêm invejas, brigas, insultos, desconfianças maldosas |
I Timóteo 6:5 e discussões sem fim, como costumam fazer as pessoas que perderam o juízo e não têm mais a verdade. Essa gente pensa que a religião é um meio de enriquecer. |
I Timóteo 6:6 É claro que a religião é uma fonte de muita riqueza, mas só para a pessoa que se contenta com o que tem. |
A reforma protestante de Martinho Lutero, que denunciou as distorções, safadezas e anomalias da Igreja Medieval, ganha nova roupagem e atualização. Os vendilhões do templo que comercializavam ingressos para o espetáculo da vida eterna agora são outros, os “crentes”, que se originaram do próprio Lutero e fazem poucas e boas em nome de Jesus. A briga de Lutero propunha o retorno à palavra original dos evangelhos. Daí os dois termos que identificam os segmentos mais prósperos da dissidência cristã: os protestantes e os evangélicos. E é entre os evangélicos que reside sua facção mais agressiva e endinheirada - o pentecostalismo, que hoje abriga no mundo cerca de 600 milhões de seguidores, pulverizados em 11 mil seitas e subgrupos. O negócio mais rentável do Brasil, sem pagar imposto, sem limite ético e com respaldo de uma poderosa máquina de fazer votos e presidentes, a corrente neopentecostal, a que pertencem o abonado missionário R.R. Soares e seus parceiros mais ricos, o bispo Edir Macedo, pastor Silas Malafaia e apóstolo Valdemiro Santiago, cada um chefiando sua própria seita, sempre na condição suprema de ‘apóstolos’. Todos mostram uma devoção especial pela alma e pelo bolso de seus seguidores, a quem não se acanham de pedir contribuições financeiras a que, recatadamente, chamam de ‘oferta’.
Salvação da alma no cartão de débito
Para não atormentar ainda mais a vida de sua aflita freguesia, os quatro chefes religiosos tratam de facilitar ao máximo as ofertas financeiras. Na tela da TV de seus animados cultos, sempre se oferece o número das contas bancárias, a bandeira dos cartões de crédito ou o telefone para informações extras que permitam a oferta, rápida e facilitada. Nenhum deles fica ruborizado pela insistência do pedido de ajuda, porque todos são pios devotos da ‘Teologia da Prosperidade’, uma doutrina pecuniária que faria o velho Lutero engolir cada uma das 95 teses que vomitou contra a cupidez da velha Roma.
Boa nova de Jesus
Na contramão dessa história de distorção e horror, celebrando a fraternidade e a evangelização, exaltando a bem aventurança de que o Reino de Deus é dos pobres a Igreja Presbiteriana de Manaus segue seu apostolado coerente e resistente, quando visita aproximadamente 120 comunidades no ano, levando médicos e dentistas missionários. Em muitos lugares, é o único atendimento médico e odontológico que a população recebe. No trabalho iniciado desde o ano de 1992 do século passado - lembra do pastor Caio Fábio? - a igreja compartilha o foco principal da sua missão de evangelização com a prestação de serviços médicos e sociais e atendeu, ano passado, mais de 6,2 mil pessoas afirma o pastor titular da IPM, José João Mesquita.
José, o carpinteiro escolhido
Na história da salvação, José, esposo de Maria, é peça fundamental para que se cumprissem as Escrituras. No beiradão amazônico, José é um pastor que dá sequência a esse plano de libertação e amor. José João Mesquita, líder presbiteriano, diz que atualmente, a igreja conta com nove barcos hospitalares, sendo dois de tamanho grande, um médio e seis pequenos e com eles contabiliza a presença em 120 comunidades interioranas dos rios Negro, Solimões, Amazonas, Jaú e Unini. Segundo o pastor, a igreja começou o chamado ministério com barcos viajando regularmente pelo interior e ao constatar a extrema carência de assistência médica decidiu, a partir de 1992, iniciar o projeto do barco hospitalar. “Na década de 70, o pastor Caio Fábio D’Araújo e o pastor Franklin Arno começaram a viajar para comunidades próximas da capital e já constatavam a carência nessa área”, revela o pastor José João.
Parcerias e solidariedade
Nos barcos, acontecem consultas ambulatoriais e odontológicas, assim como a entrega de medicamentos gratuitamente. A maioria dos casos atendidos é de problemas gastrointestinais, parasitoses, dermatoses e ginecológicos. Outra ação importante é a realização de cirurgias de lábio-leporino, promovidas graças à ida de um médico voluntário de São Paulo. A cada viagem do barco, uma média de 20 a 30 cirurgias são realizadas, observa o pastor, explicando que a maioria dos que vão aos barcos buscar atendimento é de mulheres e crianças. O trabalho tem 70% do custo pagos pela IPM, 20% financiados pelo Instituto Mckenzie, de São Paulo, maior universidade particular do País, e 10% são cobertos por duas igrejas parceiras norte-americanas.
Missão: evangelizar
A chegada de um barco hospitalar em comunidades do rio Unini, no Município de Barcelos (a 405 quilômetros de Manaus) é sempre comemorada pelos moradores do local. Levado pela Igreja Presbiteriana de Manaus (IPM), esse é o único atendimento médico e odontológico que chega naquele local. No trabalho iniciado desde o ano de 1992 do século passado, a igreja compartilha o foco principal da sua missão de evangelização com a prestação de serviços médicos e sociais e atendeu, ano passado, mais de 6,2 mil pessoas afirma o pastor titular da IPM, José João Mesquita. Atualmente, a igreja conta com nove barcos hospitalares, sendo dois de tamanho grande, um médio e seis pequenos e com eles contabiliza a presença em 120 comunidades interioranas dos rios Negro, Solimões, Amazonas, Jaú e Unini. Segundo o pastor, a igreja começou o chamado ministério com barcos viajando regularmente pelo interior e ao constatar a extrema carência de assistência médica decidiu, a partir de 1992, iniciar o projeto do barco hospitalar.
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