A batalha mais árdua contra o pecado é travada no campo do pensamento. A área mais difícil a ser controlada é o pensamento. É o desejo íntimo, secreto, que denuncia a nossa mais aguda pecaminosidade. O apóstolo Paulo diz que a cobiça, alojada no recôndito do coração, no escrínio da mente é que revela nossa terrível pecaminosidade (Rm 7.7). É possível uma pessoa representar uma vida pura diante dos homens e viver na mais repugnante impureza aos olhos de Deus, como sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas por dentro são cheios de imundícia (Mt 23.27). Deus sonda os nossos pensamentos (Sl 139.2). Ele diagnostica o nosso íntimo. Jesus disse que é do coração que procedem os maus desígnios (Mt 15.19). É das religiões abissais do nosso ser que eclodem os pecados mais hediondos.
A Bíblia diz que o pensamento impuro é tão pecaminoso quando o ato impuro. Segundo Jesus, o olhar lascivo é como o ato de adultério (Mt 5.18). Conforme o ensino do apóstolo João, o sentimento íntimo e secreto é como o assassinato (I Jo 3.15). Por isso, Deus vai julgar os segredos do coração do homem (Rm 2.16; I Co 4.5). Aquilo que guardamos com cuidado no porão da nossa mente e no sacrário dos nossos pensamentos será trazido a plena luz.
Devemos como filhos de Deus, atentar para as advertências solenes quanto à santidade do pensamento. Devemos levar todos os nossos pensamentos cativos à obediência de Cristo (II Co 10.5). Nosso meditar deve ser agradável na presença de Deus (Sl 19.14). Devemos ocupar nosso pensamento com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, amável e de boa fama (Fp 4.8). Devemos buscar uma transformação profunda da nossa vida através da renovação de nossa mente (Rm 12.2).
Nossos pensamentos regem nosso comportamento e o nosso comportamento determina os nossos pensamentos. Na verdade, somos o que pensamos. Diz a Bíblia. “assim como o homem pensa no seu coração, assim é ele” (Pv 23.7). Devemos ter, portanto, uma mente pura, uma consciência pura e uma vida íntima íntegra, pois só assim viveremos sem máscaras e desfrutaremos de verdadeira paz. Só assim seremos santos, como Deus é santo (I Pe 1.16). Só assim veremos a Deus, porque só os puros de coração o verão (Mt 5.8). Devemos ter a mente de Cristo (I Co 2.16) e pensar nas cousas lá do alto (Cl 3.2).
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