Para a maioria das pessoas, atingir a excelência significa ter trabalhado, dando o máximo de si, para atingir a perfeição. É evidente que há algo de correto nisso. Entretanto, precisamos colocar tudo isso na perspectiva correta.
Quando a voz profética começou a soar mais forte, no final do ano passado, trazendo-nos a palavra “excelência”, eu comecei a sentir que necessitava mergulhar mais na Palavra em busca do que é excelência - aos olhos de Deus. Por que é necessário fazer essa distinção? Muito se fala hoje sobre excelência, ser o melhor, superar-se, vencer limites, obter sucesso, etc, etc... Mas nem sempre aquele conceito que trazemos arraigados em nossas mentes corresponde ao que Deus pensa sobre determinada coisa.
nesta foto a cena do diabo oferecendo a jesus o mundo em troca dele adora-lo.como muitos adoram o diabo disfarçado de novelas filmes bbbs entretenimentos e etc.
Para a maioria das pessoas, atingir a excelência significa ter trabalhado, dando o máximo de si, para atingir a perfeição. É evidente que há algo de correto nisso. Entretanto, precisamos colocar tudo isso na perspectiva correta. Os versos 7 e 8 da Carta aos Filipenses são fundamentais para compreendermos isso. Nos versos que antecedem esse texto, Paulo vinha falando do seu “currículo” que, diga-se de passagem, era invejável. Este homem admirável, de uma maneira ou de outra, teria seu lugar garantido na história. Deus o escolheu para levar a mensagem do Evangelho até os confins do Império Romano (o mundo civilizado da época).
Com sua costumeira franqueza e linguagem forte e direta, ele faz aqui um contraste bem forte: excelência (do conhecimento de Cristo) e esterco (o conhecimento e as honrarias humanas). Em outros textos ele já havia descrito com mais detalhes o currículo invejável (inclusive o fato de transitar bem tanto entre a elite judaica como entre os gregos pagãos). Mas, quando seus olhos literalmente se fecharam para seu passado de zelo religioso, vaidade, orgulho e arrogância, Deus o imergiu no conhecimento da Divindade. Aí, a comparação que ele faz fica absolutamente apropriada. O que é, diante de um “mergulho” na presença de Deus, todo o conhecimento do mundo? Menos do que nada!
É claro que concordo com Paulo, mas algumas interpretações erradas têm sido feitas a partir da afirmação dele. Muitos dizem que não é necessário estudar, preparar-se, buscar realização pessoal e profissional, já que tudo isso é considerado esterco!... Porém, não creio que essa seja a atitude correta. Por que será que Deus escolheu Paulo? O Evangelho estava, até a sua conversão, praticamente restrito à comunidade judaica. Entretanto, Jesus veio para oferecer a salvação a todos. Longe de fazer doutrina a respeito disso, tenho para mim que Deus o escolheu valendo-se das características pessoais inatas (ousadia, determinação, talento, personalidade), como daquilo que Paulo havia adquirido através de sua formação (conhecimento da cultura judaica e do mundo greco-romano). Dificilmente um grego pararia para ouvir Pedro. Paulo era ouvido, pois sabia como argumentar à maneira dos gregos.
Qual o meu ponto aqui? Há valor no conhecimento adquirido, ou no empenho por buscar aprimoramento humano? Claro que sim. Mas tudo isso tem que ser buscado e compreendido à luz da sublimidade e excelência do conhecimento do Senhor. Sem esse conhecimento, todas as demais coisas não passam de “esterco”. O que Paulo quer dizer é: “se eu tiver que medir uma coisa e outra em sua essência, direi que uma é sublime, e que a outra é esterco”. Assim é. Agora, nas mãos de Deus, aquilo que é insignificante, pode ser usado para o avanço de Seu Reino. Assim, Paulo convencia os gregos, com a retórica bem trabalhada, mas também com a “excelência do poder” (2 Coríntios 4:7).
Tudo o que fizermos, deve decorrer desse alvo: sermos encontrados Nele! Essa é a essência da excelência. O estudo, o aprimoramento, o empenho, e tantas outras coisas que podem partir da iniciativa humana, tornam-se “esterco” quando são um fim em si mesmo. Em nossa busca por aquilo que é excelente, devemos nos dedicar, antes de mais nada, a “conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor” (Oseias 6:3). Um ano excelente tem que ser marcado por uma vida com Deus excelente, abundante e frutífera. Assim desejo que sejam os próximos meses, para mim, e para a Igreja do Senhor.
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