Se estivesse vivo hoje, Chico Xavier, o parnasiano das almas do “além”, exultaria pelos seus 100 anos de idade. Mas para alguém que viveu até os 92 anos, percorreu uma extensa e pedregosa estrada, vida longa! Os espíritas fizeram festa, o “médium” foi celebrado e a mídia nacional noticiou o grande advento da “religião”.
Os que amam as Sagradas Escrituras, e as interpretam com sabedoria divina, sabem que por detrás das mensagens psicografadas de Chico Xavier, e de tantos outros no anonimato ou não, existe um mundo maligno em ação enganando muitas pessoas carentes e desesperadas por ouvir uma mensagem confortante de alguém que não está mais presente em suas vidas. A história do fracassado rei Saul evidencia este fato, quando o mesmo consultou uma feiticeira numa atitude insana em querer ouvir a voz do já falecido Samuel. A tentativa foi frustrada, e o juízo de Deus inevitável. Segundo a Bíblia, a comunicação com os mortos é inexistente. Infelizmente, aqui e alhures, essa prática é muito comum, e os demônios se aproveitam da fraqueza e da falta de discernimento de muitos para agirem e destruírem essas pessoas.
Mas o que Chico Xavier e Silas Malafaia têm em comum? Bem, Xavier está morto, Malafaia está vivo. Xavier era espírita, Malafaia é pastor evangélico. Xavier falava manso, Malafaia fala grosso. Agora apresento as semelhanças: Xavier estava na mídia, na boca do povo, Malafaia também está na mídia e na boca do povo. As mensagens de Xavier eram ambíguas, sem sentido ou propósito, tais como as mensagens do Malafaia. A prova da ambiguidade de ambos se viu quando o pastor Silas Malafaia trouxe ao seu programa de televisão os “profetas da prosperidade”, Morris Cerullo e Mike Murdock. Cerullo pintou por lá primeiro, e apresentou ao Brasil a campanha dos R$ 900,00. Quem doasse essa quantia se veria livre da crise financeira global. Murdock apareceu no programa do Malafaia recentemente, e apresentou a campanha dos R$ 1.000,00 para serem ofertados em 12 meses, ou seja, 12 sementes que o farão “crescer” sobremaneira no campo das riquezas terrenas.
São mensagens esquisitas, antibíblicas, e eu pergunto a você: de onde elas vieram? Do coração de Deus? Ou foram psicografadas? Alguém do além teria enviado essas mensagens? Impossível. A mente humana é demasiadamente criativa para inventar, criar e iludir. Não, as mensagens do pastor Silas Malafaia não foram psicografadas pela impossibilidade de que isto aconteça e nem vieram do coração de Deus. Um pouco de discernimento já me dá a capacidade mental e espiritual para dizer que elas não têm fundamento, propósito e que não edificam a igreja do Senhor Jesus Cristo, e muito menos glorificam o seu Bendito nome.
Aos que me acusarem de comparação pífia, informo que o faço me baseando no episódio acima citado. A minha comparação se restringe apenas as mensagens estranhas que o pastor Silas apresentou em seu programa de televisão. Portanto, não considero o pastor Silas Malafaia espírita, nem mesmo “médium”. Em relação ao Chico Xavier, nunca acreditei em suas cartas psicografadas, a minha única regra de fé e prática é a Bíblia. Talvez os espíritas também reclamem por eu ter comparado Chico Xavier a Silas Malafaia. É uma via de mão dupla.
Acredito que o pastor Silas ainda seja um homem de Deus, porém, perto do precipício. Alguém precisa tirá-lo de lá urgente. Não sei de qual fonte ele tem tirado essas mensagens, mas tenho certeza de que não é da fonte Divina. Gostaria que Silas vivesse tanto quanto viveu Chico Xavier, na mesma intensidade, mas gostaria também que ele fosse lembrado como alguém que defendeu a fé genuína, como um baluarte. Como alguém que não abriu mão dos princípios imutáveis da palavra de Deus, como alguém que cumpriu o que Marcos disse em seu evangelho no capítulo 8.35: “Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”. Amém!
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