Vamos Correr a ‘São Silvestre’?
Antes de ler esta matéria adiantamos que esta postagem extraimos do site da IGREJA BATISTA REDENÇÃO.E sabemos que este evento é pagão! TEMOS MATÉRIA SOBRE A ORIGEM DESTE EVENTO.
Pensando na vida cristã e na responsabilidade de ser um “cooperador do Evangelho” (1Co 9.23), o apóstolo Paulo comparou sua jornada a uma corrida, como essa de São Silvestre. Nessa comparação, há certas semelhanças que não podem ser ignoradas.
A primeira semelhança é que, ao ser um “cooperador do Evangelho”, há um prêmio a receber: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis (1Co 9.24). A diferença é que, enquanto somente um recebe o prêmio da competição esportiva, Paulo mostra que o prêmio pela cooperação do Evangelho pode ser obtido por cada crente – visto que o verbo grego traduzido por “correi” está na forma plural, sendo dirigido a todo o povo de Deus. Se os atletas antigos recebiam uma coroa feita com ramos e folhas, os cristãos que se esforçam pelo Evangelho também recebem uma coroa, só que “incorruptível” (1Co 9.25b), ou seja, que vai durar para sempre.
A segunda semelhança é que há esforço a ser feito: “Todo atleta em tudo se domina” (1Co 9.25a). Note bem: não se trata de salvação por obras e por esforço próprio, pois essa é uma corrida que somente aqueles que já foram salvos de graça pela fé (Ef 2.8,9) podem correr. Porém, esses têm deveres preparados por Deus – uma corrida a ser cumprida – que têm lugar após sua salvação (Ef 2.10). Portanto, Paulo lança mão da preparação de um atleta e vai além de ensinar “domínio próprio”, mas também “disciplina”. O atleta tem de dominar sua preguiça para treinar de modo a evoluir; tem de dominar o cansaço para não desistir; tem de dominar a técnica esportiva para ter o aproveitamento máximo. Com Paulo não era diferente: “Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1Co 9.26). O cooperador do Evangelho tem de ter domínio da suas emoções, impulsos e desejos para se preparar adequadamente e não se desviar da meta que é apresentar a mensagem de Cristo ao mundo através de palavras e de ações que permeiam sua própria vida.
A terceira semelhança é que há risco de derrota. Paulo sabia disso e se esforçava sobremaneira “para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co 9.27). Ele não está, de modo algum, ensinando “perda de salvação” – isso não existe (Rm 8.1,35-37). Lembre-se que essa não é uma corrida para ser salvo, mas para ser “cooperador do Evangelho”. Assim, a derrota, nesse caso, é não ser aprovado na obra de divulgar a mensagem de Cristo. Se o crente deixa os parâmetros dados pelo supremo árbitro das nossas vidas, ele também, como o atleta, pode ser desqualificado: “Igualmente o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” (2Tm 2.5). Em termos práticos, algumas das as razões dessa desqualificação para o santo serviço de Deus de pregar o Evangelho são: não se preparar para manejar bem a Palavra de Deus (2Tm 2.15), acolher e ensinar doutrinas erradas (2Tm 2.17,18), faltar com amor fraterno (Rm 14.15-18), vangloriar-se do serviço prestado (2Co 10.17,18), agradar os homens em detrimento de se obedecer a Deus (Gl 1.10; 1Ts 2.4) e não andar de modo digno do chamado (2Pe 1.10).
Então, quando acabar a corrida de São Silvestre e, como ela, o próprio ano de 2011, e você tiver novos projetos comuns nos inícios dos anos, não se proponha apenas a iniciar um regime, começar a fazer caminhadas, fazer o tão prometido curso de inglês e até mesmo se preparar fisicamente para a próxima São Silvestre. Proponha-se, também, ser um bom “cooperador do Evangelho” e se preparar para pregar a Palavra de Deus aos perdidos, tanto nas conversas como no testemunho pessoal. Afinal, essa é uma das razões da nossa existência como Igreja de Deus e corpo de Cristo: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).
Pr. Thomas Tronco
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