Apenas depois da identificação dos judeus - tarefa gigantesca e complexa que Hitler queria que fosse segregá-los para rápido confisco de seus bens, isolamento em guetos, deportação, trabalho escravo e, finalmente, em termos de tabulação cruzada e de recursos organizacionais, eram tão monumentais que exigiam a utilização de computador. Evidentemente, na década de 1930, ainda não havia computador. Mas já existia a tecnologia Hollerith de cartões perfurados da IBM.


A IBM e sua subsidiária alemã projetavam sob medida, uma a uma, as complexas soluções, antecipando-se às necessidades do Reich. Não se limitavam a vender as máquinas e ir embora. A IBM alugava os equipamentos, recebendo para tanto alta remuneração, e era a única fornecedora dos bilhões de cartões de que Hitler precisava. IBM e o Holocausto conduz o leitor ao longo da complexa trama de conluio entre a empresa e o Terceiro Reich e destrincha a escamoteação estruturada de todo o processo, entremeada de acordos verbais, cartas sem data e intermediários em Genebra - tudo empreendido enquanto os jornais reverberavam relatos de perseguição e destruição. igualmente arrebatador é o drama humano de uma das mentes mais brilhantes de nosso século, o fundador da IBM, Sr. Thomas Watson, que cooperou com os nazistas por amor ao lucro.
Edwin Black é filho de sobreviventes poloneses, residente em Washington, é autor de premiada investigação sobre as finanças do Holocausto, The Transfer Agreement, e especialista em relações comercias do Terceiro Reich

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