(Você é feliz ?)
Se a resposta for não, eis aqui um bom argumento: espere para ficar mais velho.
É o que anuncia um estudo da Stony Brook University, de Nova York (EUA). A pesquisa, ainda em andamento, está analisando o bem-estar e satisfação pessoal de acordo com a idade das pessoas. Eles revelam que, em linhas gerais, pessoas acima dos 50 anos tendem a ser mais felizes.
O estudo quis fugir da linha de raciocínio afetada por fatores muito determinantes, como o fato de ser casado ou não, ainda ter filhos em casa e estar trabalhando. Para obter resultados que mostrassem a influência da idade, por si só, eles observaram dois “tipos de felicidade”.
O primeiro é o bem-estar global. Trata-se da felicidade, digamos, generalizada, superficial. É o que a pessoa responderia sinceramente à pergunta: “você é feliz?”. A outra, mais específica, é o bem-estar hedônico. É baseado em experiências de bem-estar momentâneo, tais como alegria, raiva, stress, preocupação, e tristeza. São sentimentos passageiros, que influenciam indiretamente na felicidade global.
Para um estudo minucioso, eles categorizaram esses sentimentos com a idade, tomando três pontos: o início da vida adulta, digamos, independente, os 50 anos de idade, e a terceira idade, enfim, o período final da vida. Stress e raiva diminuem constantemente desde o começo da vida adulta. A preocupação é constante até os 50, para só então começar a cair. A tristeza mantém-se constante, com um ligeiro aumento aos 40 anos e declínio aos 50. Por fim, a alegria, apresenta o padrão mais incomum: uma forma de U. Até os 50 anos, cai constantemente, para então voltar a subir.
Analisar estes fatores é importante, mas não pode ser a única fonte de análise, explicam os pesquisadores. Por isso é que o estudo ainda não está concluído. Falta saber o que influencia exatamente, além dos sentimentos citados, no bem-estar global.
Há teorias para explicar porque pessoas velhas são mais velhas. Uma delas diz que, com a experiência, os idosos são melhores para controlar suas emoções. Outra, mais profunda, tem a ver com o afastamento da juventude. Quando jovens, nossa grande quantidade de ações e atividades acumula experiências negativas. Em idade avançada, estamos mais distantes dessas experiências, podendo esquecê-las.
Consequentemente, a felicidade aumenta.
Por fim, há a teoria de que, depois dos 50, nós deixamos de remoer as frustrações, aquilo que deixamos de conseguir, e passamos a nos focar em como aproveitar, da melhor maneira possível, a vida que nos resta.
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