domingo, 13 de janeiro de 2013

COMO ACHAR UMA IGREJA SALDAVEL?

Sabemos que muitos dos leitores do VE foram despertados para o Evangelho, mas se encontram em igrejas onde o mesmo não aconteceu. Já postamos uma série de Bobby Jamieson, do ministério 9 Marcas, onde ele fala sobre a dificuldade (quase impossibilidade) de se mudar uma igreja, sem mudar o pastor ou sem causar divísão:
  1. Porque Você Não Pode Mudar Sua Igreja
  2. Quando você pode mudar sua igreja?
  3. Como Mudar Sua Igreja
  4. Como Viver Com o Que Você Não Consegue Mudar
Além disso postamos algumas recomendações de R. W. Glenn sobre “o que procurar em uma nova igreja“.
Mark Dever, em seu livro Nove Marcas de uma Igreja Saudável estabelece boas diretrizes do que procurar em uma nova igreja. Abaixo, segue os breves conselhos de Dever do como achar em uma igreja saudável (adaptado do livro O que é uma Igreja Saudável?)

1. Ore.
2. Busque o conselho de um pastor piedoso (ou de presbíteros piedosos).
3. Mantenha firme suas prioridades:
a) O evangelho tem de ser verdadeiramente afirmado, pregado com clareza e vivenciado com fidelidade. Uma falha séria em qualquer dessas expressões do evangelho é bastante perigosa.
b) A pregação tem de ser fiel às Escrituras, pessoalmente desafiadora e central à vida da congregação. Você só crescerá em sua vida espiritual onde as Escrituras são tratadas como a autoridade suprema.
c) É muito importante considerar como a igreja estabelece as diretrizes para o batismo, a ceia do Senhor, o tornar-se membro, a disciplina eclesiástica e quem possui a palavra final nas decisões.
d) Em resumo, procure uma igreja que exiba as Nove Marcas de Uma Igreja Saudável (veja mais no final da postagem mais informações)
4. Faça um diagnóstico de si mesmo utilizando estas perguntas:
a) Eu gostaria de achar uma esposa que foi criada sob o ensino desta igreja?
b) Que retrato do cristianismo meus filhos verão nesta igreja — algo distinto ou bem semelhante ao mundo?
c) Eu ficaria contente em convidar os não-cristãos a vir a esta igreja? Ou seja, eles ouviriam com clareza o evangelho e perceberiam aqui vidas que correspondem ao evangelho? A igreja ama receber bem e alcançar os não-cristãos?
d) Esta é uma igreja que eu pastorearia e serviria?
5. Considere a situação geográfica. A proximidade física da igreja em relação à sua casa estimula ou desestimula o envolvimento e a participação frequente? Se você está mudando de lugar, procure localizar uma boa igreja antes de comprar uma casa.

O que é uma Igreja Saudável?

O Blog Fiel disponibilizou o ebook “O que é uma Igreja Saudável?” para download gratuito, bem como outros bons conteúdos!

E se a igreja não tiver as Nove Marcas?

Sim, sabemos que é difícil achar uma igreja que exiba todas as marcas, então quais priorizar? No livro “O que é uma Igreja Saudável?“, Dever divide as nove marcas em essencias e importantes Das nove marcas, as três primeiras são essenciais: (1) Pregação expositiva, (2) Teologia Bíblia e (3) Um entendimento bíblico das boas-novas. Ou seja, preste atenção à pregação da igreja! O pastor está expondo a bíblia ou só usa a bíblia de pretexto para falar o que bem entende? Ele ilustra a exposição ou fica contando historinhas? Ele fica só falando clichês de poder e vitória ou prega a Bíblia? Em um mês de pregação, ele pregou temas diversos ou só o que mais lhe agrada? Ele prega uma teologia que vem da Bíblia? Fuja do liberalismo e da teologia da prosperidade e da vitória – são dois opostos venenosos! E o Evangelho é pregado? A cruz é celebrada e afirmada? Se em um mês de culto nada foi falado sobre o evangelho (tirando no momento da ceia), essa provavelmente não é uma igreja saudável.
Por fim, nós sabemos que a situação está feia. Mas lembre-se: ser membro de uma igreja doente ainda é melhor que não ser membro de nenhuma e desobedecer o comando divino.
Quando nos tornamos membro de uma igreja, estamos dando as mãos uns aos outros para conhecermos e sermos conhecidos uns pelos outros. Concordamos em ajudar e encorajar uns aos outros, quando necessitamos ser lembrados da obra de Deus em nossas vidas ou quando precisamos ser exortados a respeito das grandes discrepâncias entre o nosso falar e o nosso viver.
Precisamos desistir de tentar viver a vida cristã sozinhos. Precisamos, individualmente, viver em aliança com outros para seguirmos a Cristo. Os cristãos têm de parar de ser egoístas em seu entendimento da vida cristã. A vida cristã não se resume em você e naqueles aos quais você procura alcançar com o evangelho. Deus também tenciona que você seja parte comprometida em ajudar a fazer discípulos do rebanho que Ele já salvou.
- Mark Dever, em Nove Marcas de Uma Igreja Saudável

O QUE VOÇE FOI FAZER NA IGREJA?

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam poderes; tudo foi criado por ele e para ele.Ele existe antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste; ele também é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha o primeiro lugar. Porque foi da vontade de Deus que nele habitasse toda a plenitude, (Colossenses 1:15-19) [1]

Por André R. Fonseca em Estudo Gospel

Deus criou todas as coisas para a sua glória e com o tabernáculo não foi diferente. Quando Deus ordenou a construção do tabernáculo por intermédio de Moisés, o objetivo era construir um local dedicado à Sua adoração e glória. Sabemos que Deus é glorificado no Filho e todos os elementos constitutivos do tabernáculo, tanto os utensílios quanto a liturgia, apontavam para Cristo.

Hoje, não pode ser diferente. Todos os elementos que compõem o culto que prestamos a Deus deve ter esse valor cristocêntrico, a começar pela pregação. Quero destacar o elemento pregação, porque algumas pessoas se enganam quando acham que o sermão deveria estar focado nelas e em suas necessidades.

Já ouvi por aí alguém afirmar que tudo no culto é para Deus com exceção da pregação; pois, sendo o sermão evangelístico ou doutrinário, estará sempre focado nos não-convertidos ou membros da igreja. Não é bem por aí. A pregação tem o único objetivo de fazer Cristo brilhar intensamente e nossa conversão ou edificação é consequência, não o objetivo.

Charles H. Spurgeon deixou bem claro qual era o seu objetivo ao preparar seus sermões. Posso fazer duas citações para demonstrar que Spurgeon buscava sempre apontar para Cristo. A primeira, foi extraída do livro Lições aos Meus Alunos onde afirma: “Ouvir corretamente o evangelho é uma das partes mais nobres da adoração ao Altíssimo.” [2] A segunda, extraída do livro Como ler a Bíblia [3], é ainda mais clara!

Você já ouviu um sermão do tipo que, se Jesus tivesse se aproximado do púlpito enquanto o pregador falava, Ele teria dito: "Desça daí, saia do púlpito; o que você está fazendo aqui? Mandei você pregar a Meu respeito, e você prega a respeito de uma dúzia de outras coisas. Vá para casa e aprenda de Mim, e depois venha falar". O sermão que não conduz a Cristo, ou do qual Jesus Cristo não é a essência, é o sermão que faz rir os demônios no inferno, mas que faria os anjos de Deus chorarem, se pudessem ter tais emoções.

Você se lembra da história do gaulês que ouviu um jovem pregar um sermão magnífico, grandioso, pretensioso e bombástico; e, depois de chegar ao fim, perguntou ao gaulês o que achava a respeito. O homem respondeu que não dava nenhum valor a ele. "E por que não?" "Porque não havia nele nada de Jesus Cristo." "Ora", disse o pregador, "mas meu texto não apontava naquela direção". "Não importa", disse o gaulês, "seu sermão deve seguir naquela direção". "Não vejo o assunto assim", disse o jovem. "Então", disse o outro, "você ainda não vê como deve pregar. O modo certo de pregar é o seguinte: De cada aldeia minúscula na Inglaterra — não importa em que região — sempre sai, com toda a certeza, uma estrada para Londres. Embora talvez não haja estrada para outros lugares, certamente haverá uma estrada para Londres. Da mesma forma, de cada texto na Bíblia há uma estrada que leva a Jesus Cristo, e o modo certo de pregar é, simplesmente, dizendo: 'Como posso, tomando esse texto como ponto de partida, chegar até Jesus Cristo?' e, então, ir pregando pela estrada afora". "Mas", disse o jovem, "suponhamos que descubro um texto que não tem uma estrada que leva a Jesus Cristo?" "Faz quarenta anos que estou pregando", disse o velho, "e nunca achei um texto bíblico assim; mas se chegar a achar um, passarei por sebes e cercas, e chegarei até Ele, porque nunca termino sem introduzir meu Mestre no sermão".

[...] Se você não descobrir Jesus nas Escrituras, elas terão pouca utilidade para você, pois o nosso Senhor disse: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo 5.39-40); e, por isso, suas buscas não dão em nada; você não acha a vida, e permanece morto nos seus pecados. Que isto não aconteça conosco!

Um solo musical ou peça teatral para nada de bom servirá se não apontar para Cristo; da mesma forma que um sermão antropocêntrico perde completamente o seu objetivo, valor e poder. O culto, portanto, deve ser cristocêntrico em tudo, tal como era no tabernáculo nos dias de Moisés, no templo de Salomão e em toda a Bíblia.

Você já consegue ver a importância de manter um culto sempre cristocêntrico nos mínimos elementos que o constitui? Então por que você bate palmas no fim de alguns momentos do culto como se o que foi oferecido ao Senhor tivesse sido endereçado a você para o seu entretenimento?

Por favor, não venha com aquela clássica desculpa dizendo que as palmas são para Jesus, porque seus decibéis estão sempre na mesma intensidade das emoções! Por acaso Jesus só merece suas palmas quando o cantor é bom e a peça teatral digna do showbiz?

O que você vai fazer na igreja? Espero que não vá para assistir ao culto, porque esse não é nosso lugar. Na igreja, aqueles assentados nos bancos não podem ser chamados ou tratados como plateia. O que é realizado no altar não é espetáculo; ministros não são estrelas, são apenas servos da mesma sorte daqueles assentados nos bancos do templo. Todos, na condição de servos inúteis (Lc 17. 7-10), devem compartilhar o único desejo de prestar culto.

Soli Deo Gloria

PROFISSÃO:PASTOR


Revista Veja mostra pastores como pessoas ambiciosas e com sede de poder Revista Veja mostra pastores como pessoas ambiciosas e com sede de poder
A revista Veja SP publicou uma reportagem, assinada por João Batista Jr., que participou da quarta edição da Escola de Líderes da Associação Vitória em Cristo (Eslavec). Ele acompanhou, durante os quatro dias do evento, o que chamou de “um dos maiores cursos nacionais para a formação de pastores”.
A matéria mostra como cerca de 5.000 pessoas se reunirem para ouvir pregadores no evento criado por Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. O maior destaque foi para o custo de R$ 4 milhões do encontro e o fato de 3.000 matrículas serem distribuíram de graça pela organização.
O pastor Malafaia foi retratado como uma pessoa ambiciosa que já tem 120 igrejas no Brasil e quer mais  250 templos em dez anos.  A matéria enfatizou também como os evangélicos falam sobre dinheiro, no que chamou de “supermercado da fé”, quando o material da Central Gospel (livros, DVDs e CDs). “Você compra com cheques para trinta ou sessenta dias, revende ao pessoal da sua igreja e ainda ganha um cascalho”, afirmou Malafaia.
Ressaltou também a presença do pastor norte-americano T.D. Jakes, da Potter’s House, de Dallas no evento. “Ele cobra US$ 300.000 por palestra, mas para mim fez por US$ 60.000”, explicou Malafaia.
A revista Veja deu ênfase no crescimento dos evangélicos nos últimos anos: “Com mais rebanho para cuidar, aumentou também a necessidade de acelerar a formação dos pastores”. Para isso, segundo a revista existe um alto “grau de profissionalização do negócio”.
Ressaltando que um pastor associado ao ministério de Malafaia pode ganhar um salário de “até R$ 22.000 por mês”, quanto na Renascer chega a “R$15.000 para os membros mais graduados”.
“Comuns no meio corporativo, as estratégias para reter talentos e premiar funcionários que cumprem metas de lucros foram incorporadas ao mundo neopentecostal por Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. Nos anos 90, quando ela passava por um forte processo de expansão, Macedo criou um meio de supervisionar seus encarregados. Eles permaneciam, em média, de um a dois anos em um templo para evitar que saíssem para abrir a própria igreja, levando os fiéis”, afirma a reportagem que tenta mostrar os pastores presentes no evento como pessoas que almejam apenas o crescimento numérico e de poder, e só falam em dinheiro.
No final, faz uma lista de “mandamentos para faturar e conquistar fiéis”, intitulada “TEMPLO É DINHEIRO”:
Inovar nas ofertas
Há múltiplas alternativas para pedir contribuições: para a construção de novos templos, para imprimir livros, para ajudar a gravar um CD ou para pagar uma palestra de um pastor de outro estado. A venda de objetos como fronhas e toalhas figura entre outras fontes de receita. É fundamental ter máquinas para receber ofertas nos cartões de débito e de crédito.
Caprichar no discurso
Frases de efeito, muitas vezes cheias de clichês, são ditas a cada minuto de forma a dar ênfase à mensagem e prender a atenção da plateia. “Não deixar o cavalo morrer na batalha”, “A fofoca é capaz de destruir as bases sociais” e “Morar com a sogra é ruim porque se dá um incesto emocional” são alguns exemplos. Fechar os olhos enquanto se prega dá ares ainda mais dramáticos.
Ter dons artísticos
Chorar, soltar o gogó como se cantasse numa ópera e pular de um lado para o outro. O púlpito, muitas vezes decorado com telões de LED, vira um palco, onde o pastor faz um monólogo. Daí ser fundamental dominar técnicas teatrais, como saber dar ênfase exata a determinadas palavras e mexer os braços de forma a projetar uma imagem de profeta. O visual deve sempre estar alinhado.

O BRASIL É EVANGÉLICO OU CRENTÓLICO?

Costumo acessar o “globo, ponto, com” para ver as notícias do dia. Quando começa a nova temporada da maior excrescência da TV brasileira, dá nojo de abrir tal site. Na verdade, todos os portais de notícias têm as suas seções de imoralidade, mas, quando chega a época do aludido programa, as fotos e imagens eróticas passam a aparecer logo no topo da página, como se fosse a notícia mais importante do nosso país.

Mas veja que incoerência: alguns pastores têm pressionado a TV Globo a produzir uma novela com heroína evangélica! Ora, não seria melhor protestar contra a programação imoral e “embbburrecedora” que essa emissora tem apresentado diariamente? Que consenso há entre a luz e as trevas? Querem esses pastores prenderem-se a um jugo desigual? A imoralidade não os incomoda, contanto que haja uma heroína evangélica em uma novela?


Por outro lado, há evangélicos que se irritam com os pastores e expoentes do Evangelho que protestam contra os programas imorais da TV brasileira. Dizem que é inútil fazer isso. E que os incomodados devem mudar de canal ou, simplesmente, não ter em sua casa o “aparelho maldito”. Respeito quem pensa assim, mas discordo desse pensamento.


Não se conformar com o mundo denota o quê? Qual é a abrangência do mandamento contido em Romanos 12.2: “não vos conformeis com este mundo”? Não significa ignorar as coisas mundanas, como se elas sequer existissem, e sim opor-se a influências filosóficas, atitudes, condutas, ações, comportamentos, etc. prevalecentes no mundo.
Ainda que todos os cristãos rejeitassem a programação da TV brasileira, deveríamos protestar contra a imoralidade que ela propaga. Ou só devemos pregar contra o pecado quando somos incomodados por ele, diretamente?

Mesmo não usando drogas nem se prostituindo, o pregador do Evangelho pode e deve verberar contra esses males, alertando a todos quanto às consequências da prostituição e do consumo de drogas. Similarmente, a despeito de não apreciar, de modo geral, a programação imoral da TV brasileira aberta, tampouco assisti-la — exceto com olhar crítico —, ele tem a liberdade e o dever de protestar contra aquela.


Cristãos conformados afirmam: “Deixe a Globo em paz. Troque de canal”. Bem, se João Batista tivesse sido como eles, não teria repreendido Herodes. E também não teria perdido a cabeça... Herodes não estava incomodando João Batista, diretamente, com o seu pecado. Mas esse servo do Senhor, inconformado, resolveu verberar contra o adultério cometido por aquele, simplesmente porque estava consciente de que era um protestante.


Ainda que corram o risco de “perder a cabeça”, os pregadores que se prezam devem protestar contra o pecado e pregar o Evangelho com verdade. Ainda há Joões Batistas no evangelicalismo brasileiro? Onde eles estão? Levantem-se! Não se calem! Como diria o saudoso
“João Batista norte-americano” — David Wilkerson —, “Toquem a trombeta”.

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"Todo aquele que ler estas postagens, se tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho do conhecimento e da caridade em direção àquele de quem está dito:Eu sou o Alfa e o Ômega."

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